Considerado o Rei do Blues, B.B. King é americano nascido em 1925 no Mississipi. Teve uma infância muito sofrida e começou a tocar por algumas moedas, até que partiu para Memphis, no Tennessee, onde estava a cena musical na época. Se apaixonou pelo som da guitarra e decidiu então que iria tocar blues, e sua primeira oportunidade surgiu em 1948 quando começou a tocar em um programa de rádio. Seu primeiro sucesso surgiu em 1951 e daí em diante, sua carreira tem sido vitoriosa. Uma curiosidade sobre ele é dar o nome de Lucille às suas guitarras, isso porque em 1949, ocorreu uma briga em um salão em que ele tocava e o mesmo pegou fogo, sendo que B.B. King voltou para salvar sua guitarra escapando por um triz. Quando soube que a briga foi por causa de uma mulher chamada Lucille, ele começou a chamar suas guitarras com este nome para se lembrar de nunca mais fazer uma besteira destas.
B.B. King é realmente o rei do blues. Com quase 90 anos de idade, ele ainda faz shows imperdíveis pelo mundo e toca sua guitarra com maestria, como poder ser conferido nesse show. Ele é acompanhado de uma ótima banda, com direito até a instrumentos de sopro. O show aconteceu no famoso Royal Albert Hall em Londres, com lotação esgotada e um excelente público.
No repertório somente 10 músicas, mas considerando que as músicas são bastante longas, o show não é assim tão curto. Os primeiros convidados foram Susan Tedeschi e o marido Derek Trucks (que é um excelente guitarrista), onde os dois tocam guitarra e Susan ajuda B.B. King no vocal da ótima “Rock me Baby” e também da clássica “You Are My Sunshine”. O show continua agora com mais convidados além do casal Susan&Derek. São eles Ronnie Wood (Rolling Stones) na guitarra, Mick Hucknall (Simply Red) no vocal, e Slash (Guns N´ Roses) adicionando uma quinta guitarra a este brilhante time. Para as quatro músicas finais, todos eles permanecem no palco e as músicas executadas são “B.B. Jams” que é nada mais do que uma Jam session onde todos executam solos; a ótima “The Thrill is Gone”; a lenta “Guess Who”; e por fim uma bem animada, a clássica “When the Saints go Marching In”. O público delira o tempo todo não só com a simpatia de B.B. King mas com todos os solos fantásticos de guitarra, não só do próprio King, mas também do Derek Trucks, Ronnie Wood e Slash. Pra quem gosta de guitarra, é um prato cheio.