Uma das melhores comédias do diretor Monicelli (Meus Caros Amigos), êxito de crítica e de público, inclusive no Brasil, onde a fita é frequentemente reprisada. Desmistificação total e completa de toda uma época, a Idade Média dos cavaleiros andantes, da galanteria e dos heróis exército, comandado por um quixotesco Brancaleone da Norcia (Gassman), montado em seu cavalo, Aquilante, amarelo e covarde. Há seqüências antológicas: a corte de Teofilato (magnífica interpretação de Enrico Maria Salermo, como Zenão), a saída da cidade empesteada, com todos querendo contaminar Teofilato. No elenco todos estão bem, com destaque para Gassman. Na parte técnica, o diretor Monicelli cercou-se do melhor da Itália na época: o fotógrafo Carlo Di Palma (Blow Up), cenografia e indumentária de Pierro Gherardi (Julieta dos Espíritos), música de Carlos Rustichelli e roteiro dos colaboradores habituais, Agenore Incrocci e Furio Scarpelli. Aliás, os roteiristas, depois de uma pesquisa, fizeram cada um dos personagens se exprimirem através da linguagem arcaica, que usariam se vivessem na época (as expressões, as comparações, os palavrões, todos inteiramente adequados). Um espetáculo divertido e obrigatório para qualquer público.