Crítica sobre o filme "Jogo Bruto":

Rubens Ewald Filho
Jogo Bruto Por Rubens Ewald Filho
| Data: 27/05/1991

Parece que o sonho de Arnold é mesmo ser um sub-Stallone. Depois de fazer em Comando para Matar, uma imitação barata de Rambo II, faz aqui uma cópia mal assimilada de Cobra. Ele é um ex-agente do FBI, que depois de passar uma temporada como delegado no Sul, é recrutado para fingir que morreu numa explosão e se infiltrar na é recrutado para fingir que morreu numa explosão e se infiltrar na maior quadrilha de Chicago, que anda eliminando possíveis testemunhas contra eles. Da forma mais inverossímil (o roteiro é cheio de furos) e por momentos (Paul) até resiste ao assédio de uma aventureira (Kathryn). Aliás, uma das cenas mais roncando quando ele tenta fazer comédia, fingindo que está roncando quando ela tenta seduzi-lo. Mas este é assumidamente um filme de ação, para consumo muito rápido. A cada dez minutos tem uma indispensável cena de ação, em que o herói invariavelmente liquida um bando de bandidos, com total frieza e crueldade. Tecnicamente bem realizado (mas é uma decepção ver o inglês Irvin, o mesmo de Turtle Diary, dirigindo uma fita tão de encomenda como esta), não consegue, no entanto, criar envolvimento ou tensão. Tanto faz o resultado para o espectador, desde que haja sangue e violência.