Crítica sobre o filme "Jóia do Nilo, A":

Rubens Ewald Filho
Jóia do Nilo, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 28/05/1992

Mais uma vez, a maldição: toda a seqüência é inferior ao original. Talvez o que tenha faltado seja o toque de Diane Thomas, a autora do roteiro de Tudo por uma Esmeralda (o filme é dedicado a ela, que morreu num acidente de carro, no começo de 85). Neste filme, havia ação incessante, diálogos e situações bem-humoradas. Mas quase tudo foi esquecido na seqüência. Aqui, a novelista Joan (desperdício da excelente Kathleen) está cansada das viagens turísticas que leva com o aventureiro Jack. Resolve, então, acompanhar um líder árabe de um país fictício para escrever sua biografia. Ela logo descobre que ele é um ditador em potencial que planeja um golpe, cujo único obstáculo é uma tal Jóia do Nilo. Perde-se muito tempo com o romance do casal central, e a revelação da Jóia é feita muito cedo. Além disso, o filme é cheio de clichês (como a fuga do trem) e a conclusão é absurda. Nem as bonitas locações na Riviera e no Marrocos são bem utilizadas. Apesar de tudo diverte.