Crítica sobre o filme "Ted":

Rubens Ewald Filho
Ted Por Rubens Ewald Filho
| Data: 27/09/2012

Em meio aos blockbusters da última temporada, todos custando dezenas ou milhares de milhões de dólares, o maior êxito acabou sendo esta comédia de uma piada só. Logo no começo com jeito de história de Natal, ficamos conhecendo um menino solitário que tem seu desejo satisfeito (não entendi muito bem por quem). Ele deseja ter um ursinho de estimação (conhecidos nos Estados Unidos como Teddy Bear). Só que, ainda de brinde, ele fala. Fala até demais. Não como um bebezinho, mas como o arrrogante, bebedor de cerveja que não dá certo em nada na vida. Ou seja, seu dono.

Se o princípio parece original  e engraçadinho, dali em diante as piadas vão rareando. É sempre o conflito mais do que óbvio com a namorada de muito tempo (a encantadora Mila Kunis), porque a mãe não aparece, os amigos os absorvem com facilidade. Simplesmente falta história. O mais engraçadinho é sempre Ted andando pelas ruas ou insistindo em piadas grosseiras (até em casamentos). Com Mark Wahlberg já se sabe que não se pode contar, porque é outro que faz tudo igual: comédia, dança, suspense, ele é o homem de uma cara só.

Saí do cinema tentando me lembrar de algum momento mais memorável, já que todo mundo  teve na vida um ursinho ou ao menos um Amigo Urso. Não consegui. Mas o resultado é divertido. Muito crítico dos franceses em relação aos detalhes. A dupla de atores tem química entre si, está ótima. E quiseram proibir, porque o usinho fumava maconha. Um detalhe importante: o diretor, muito talentoso, se chama Seath McFarlane, que é especializado criar vozes de séries e também o papel em Cleveland Show, Family Guy, por quem já ganhou 12 Emmys.

O filme brinca com algumas celebridades, com Skeritt, Seth (qu faz a voz de Ted), mais Patrick Stewart, e o que mais ocupa a atenção, Sam J. Jones (o único Flash Gordon), um horrível canastrão.