Crítica sobre o filme "Sétima Cruz, A":

Rubens Ewald Filho
Sétima Cruz, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 17/10/2012

O então jovem Fred Zinnemann (Matar ou Morrer) revela seu talento como narrador mesmo com orçamento baixo (teve que rodar tudo em estúdio, nos velhos sets que serviam para tudo). Mas é ajudado também por um elenco formidável (Agnes Moorehead, por exemplo, que tem algumas palavras apenas) e um clima de tensão que tornou sucesso esta adaptação do livro de Anna Seghers, potencialmente trágico. Spencer Tracy é um dos sete fugitivos de campo de prisioneiros/concentração que procura fugir mas não tem saída, cercado de traidores (eles xingam muito os alemães ) e inimigos.

 Hume Cronyn e Jessica Tandy (jovens e já casados) fazem um típico casal alemão a quem ele vem pedir ajuda. Aos poucos, demonstram que há ainda pessoas decentes e amigos leais mas são todos ao menos vítimas do nazismo. A sueca Signe Hasso é o interesse romântico imposto pelo estúdio, uma bondosa garçonete. A crítica do filme se refere especificamente a 1936, quando houve uma grande crise de mudanças, o que explicaria a visão pessimista diante da falta de decência generalizada. E por isso que o final aqui parece abrupto e não convence.