Crítica sobre o filme "Branca de Neve e o Caçador":

Eron Duarte Fagundes
Branca de Neve e o Caçador Por Eron Duarte Fagundes
| Data: 07/06/2012

É certo que Branca de Neve e o caçador (Snow White and the huntsman; 2012), de Rupert Sanders, atualiza o velho conto dos Grimm para o gosto das plateias destes tempos do cinema digital. Para concretizar esta atualização, além do visual específico, conta com Kristen Stewart, a jovem atriz americana que é a coqueluche do romantismo cinematográfico atual desde suas interpretações na saga Crepúsculo (seu “fechar de olhos” para beijar é tão patético quanto eficiente em sua radiografia do amor adolescente).

No entanto, a realização de Sanders não esconde seus esforços duma caprichada produção de época, buscando captar com os recursos e o olhar de hoje como seria a vida no tempo da Branca de Neve dos Grimm. O melhor do filme é isto mesmo: seus caprichos de vestuário e cenário. O mais é pura bobagem tecnológica para uma historieta mal encaminhada.

Demais, a beleza da madrasta vivida pela sul-africana Charlize Theron vai empalidecer o heroísmo mimado de Kristen, pálida e exangue, apesar do jeito de Joana d’Arc que tentam dar-lhe em determinado momento do filme.