Não estava nada interessado em assistir este filme de animação até quando os amigos começaram a se comunicar comigo recomendando-o como divertido e indicado para adultos. Acabei assistindo-o em 3D à meia-noite numa das salas do Bourbon, para um plateia pequena, mas feliz.
Concordo também como Adilson Santos, que ele faz lembrar uma animação antiga chamada A Festa do Monstro Maluco (Mad Monster Party?), de Jules Bass, 1967, que eu nunca cheguei a ver, mas virou cult entre os jovens da época. Não conhecia o diretor russo Tartakovsky, que emigrou para os EUA quando tinha sete anos e fez seriados como Samurai Jack e O Laboratório de Dexter.
O filme foi razoável nos EUA, senão espetacular (custou 85 milhões de dólares e rendeu 145). A história é o que se pode prever. Drácula resolve criar um superhotel moderno e grande escondido numa floresta de forma que seus hóspedes, ou seja, os monstros de todos os tipos e jeitos, possam relaxar e descansar. Por que aqui todos são bonzinhos e simpáticos, ainda que feios, enquanto os humanos são os vilões. Mas isso nem é bem explorado já que a maior parte da história gira em torno dos empecilhos que Drácula coloca em torno da filha Mavis, que ao completar 138 anos, já pode sair do castelo e descobrir o mundo.
Ele chega mesmo a inventar uma elaborada fantasia (como se estivessem ainda nos anos 30, quando foi feito o primeiro Drácula de Hollywood) para assustá-lo. Mas o que sucede é que aparece um jovem humano, Jonathan com quem ela terá seu primeiro romance.
É só isso, o filme vai pegando mais pique do meio para o fim, com algumas piadinhas mais divertidas, mas não há nenhum grande momento de achado visual ou técnico. Nenhum número musical marcante, nem personagem fofinho que você queira levar para casa. Achei divertidinho e pronto. Na verdade, este não foi um bom ano para animação. Não sei como o Oscar vai fazer.