Crítica sobre o filme "Amanhecer Violento":

Rubens Ewald Filho
Amanhecer Violento Por Rubens Ewald Filho
| Data: 01/03/2013

Rodado e completado em 2009, este filme teve a sorte de contratar atores que depois se tornariam astros e famosos como Josh (Jogos Ardentes) e Chris (Thor). Mas a produtora ficou com medo do fato de que os invasores eram chineses e os filmes americanos tem rendido uma fortuna na China Comunista. Então melhor não provoca-los.E depois na pos-produção mexeram digitalmente em tudo, transformando-os em Coreanos do Norte, uma ditadura inimiga que se pode xingar sem problemas. Naturalmente os fãs de cinema de ação, sabem que se trata de uma refilmagem do homônimo de 1984, dirigido por John Milius, que tinha um elenco famoso:Patrick Swayze,C.Thomas Howell, Lea Thompson, Charlie Sheen, Jennifer Grey, Ben Johnson. Na verdade, eu tenho a tendência a confundir este filme com outro parecido como Chuck Norris, Invasão dos EUA (85), de Joseph Zito,que tinha praticamente a mesma historia.Tudo reflexo da belicosa Era Reagan, quando floresceu também Rambo e afins.

O que os levou a achar que isso iria suceder de novo? Será que não perceberam que as guerras no Oriente médio eram grandes fracassos e serviam mais para levar o país a crise econômica atual ? De qualquer modo, no original eram cubanos e soviéticos. Mas talvez seja a nostalgia que faz com que a gente o achasse mais curioso. Nem cabe discutir um projeto tão ambicioso para os coreanos (que mal são capazes de lançar mísseis) e levar a frio a Guerra Fria, quando esta todo mundo mesmo é a beira do desemprego e Depressão Econômica.

O ponto de partida porém é o mesmo: um grupo de adolescentes se une formando um pequeno exercito guerrilheiro para enfrentar os invasores que tomaram conta de sua cidade de Spokane, no Estado de Washington (no extremo norte do país, nada a ver com Washington D.C). Os letreiros são em cima cenas de noticiário sobre a ameaça do cyberterrorismo (depois se explica que a crise é provocada antes por um fechamento dos computadores e agora com a noticia recente de que foi a China que provocou os ataques hackers na espionagem industrial). Mas não é um filme com filosofadas, é mera ação com o Capitão Cho invadindo uma cidadezinha tranquila com os estudantes fugindo e se reunindo no que chamam de os Wolverines, lembrando o time de futebol da escola. Eles devem ter aprendido a lutar jogando vídeo-game e são liderados por Jed (Chris) recém saído de uma temporada na Guerra do Iraque. Tem também o irmão mais novo dele (Peck), uma garota que gosta de Jed (Palicki), a chefe da torcida (Lucas) e Daryl, o filho do prefeito (e aí esta uma curiosidade, a participação de Connor Cruise, que é aquele que é filho adotivo de Tom Cruise e Nicole Kidman, mas que foi criado pela religião do pai, com total lavagem cerebral). Na devida hora juntam-se a eles três fuzileiros aposentados chefiados por um militarista (Morgan). Que não tem vergonha de dizer frases ridículas. Não ajuda a direção com muita câmera na mão, nem a falta de experiência do diretor, resultando num filme bem curto e que foi muito mal no exterior (custou 65 milhões de dólares e ate que fez 44 ,mais do que merecia).