Estava super entusiasmado em assistir este encontro entre dois, ou melhor, dizendo três grandes veteranos do cinema, o incontrolável Al Pacino (de todos os astros de sua época o único que continua fazendo o que bem entende, super representando e deitando e rolando como lhe apetece. Mesmo com os críticos reclamando como sucedeu recentemente na Broadway). O coadjuvante é Alan Arkin, recém indicado novamente ao Oscar de coadjuvante por Argo (ele já ganhou por Pequena Miss Sunshine) mas o maior parceiro é o ilustre e inimitável Christopher Walken (acho que fazia algum tempo que eu não o via no cinema porque me apareceu extremamente envelhecido. Fui conferir e esta completando agora 31 de março os setenta anos).
Ou seja, basicamente é uma comédia (mais ou menos) policial sobre dois gangsters. Pacino é Val que acabou de sair da cadeia depois de 28 anos e reencontra seu amigo de crime, Doc (Walken). Naturalmente há muitas piadas sobre Viagra e a velhice, ate demasiado. O problema é que no passado num assalto que não deu certo Pacino matou acidentalmente outro homem cujo pai mandou agora liquidá-lo.
Difícil acreditar que levariam tanto tempo pela vingança (o autor do roteiro é um desconhecido estreante) ainda mais porque seria tão fácil matar na prisão em vez de pedir justamente para o melhor amigo dele fazer o serviço! O filme se atrapalha quando inventam de roubar um carro e tirar do asilo Arkin, que era o motorista de fugas deles, depois se envolvem com prostitutas e naturalmente tudo se conclui com um ato quixotesco e discutível.
O filme chegou a ser indicado ao Globo de Ouro de canção (Not Running Anymore, de Jon Bon Jovi). O diretor é veterano ator coadjuvante e produtor, fez o cientista indiano de Short Circuit muitos anos atrás. Fez antes documentários, curtas e o esquecido Foi Só um Beijo (Just a Kiss, 02). Mesmo sendo fã dos veneráveis atores o filme me decepcionou e foi grande fracasso nos EUA.