Crítica sobre o filme "Ladra Sem Limites, Uma":

Rubens Ewald Filho
Ladra Sem Limites, Uma Por Rubens Ewald Filho
| Data: 09/05/2013
É preciso que as comédias americanas sejam sucesso grande nos EUA para que passem em nossos cinemas. Foi o caso  deste filme da Universal, que custou 35 milhões de dólares (cara para sua pretensão) mas rendeu 133! Sem duvida por causa da presença de sua obesa e divertida estrela Melissa, famosa nem tanto pela serie Mike and Molly  mas por ter roubado Missão Madrinha de Casamento que lhe deu uma indicação ao Oscar (fez ainda aparição em Bem Vindo aos 40, de Jud Appatow que irá sair em home video direto) e em breve The Heat com Sandra Bullock e também em Se Beber não Case III.
 
Espero que não se desgaste  o estilo de humor de Melissa, que gosta de fazer barulho (ou ritmo) com a boca, é debochada e grosseira, mas de um jeito que sempre resulta inocente ou mesmo ingênuo. É um dom que tem e que consegue salvar mesmo esta comédia trôpega e irregular. Que não chega nunca a convencer.
 
    Atlanta, Georgia (o resto das locações são meio fajutas) no que pode ser classificado de uma comédia de estrada. Jason Bateman pelo jeito já se conformou em ser escada de comediantes, o Dean Martin ou Dedé Santana do Didi, no caso Melissa. Ou seja, o parceiro faz a graça, ele apenas lhe passa a bola para este rebater e encestar. Como já preveni o filme não é muito engraçado. Jason é um homem de negócios casado que percebe que alguém lhe roubou tudo que tinha, todos os cartões (e esta gastando a beça, sem o menor controle). A única saída é ir até onde essa pessoa mora  e tentar prende-la ou impedi-la. Mal pode imaginar que é uma moça gorda e sem controle, chamada Diana, que rouba descaradamente e há muito tempo. Jason tenta prende-la mas a garota é astuta e sempre consegue um jeito de escapar (o resumo parece coisa para adolescente mas há uma piadinhas fortes e mesmo apelativas - ainda assim como filme de estrada é bem melhor do que o horrivel Guilt Trip com La Streisand).
 
O roteiro foi escrito por Craig Mazin (Se Beber não Case II e III) e as vezes cai na grosseira (o filme provocou também polemica quando um critico chamou Melissa de trator e ate a ofendeu por causa de seu excesso de peso, não concordo porque na verdade ela é sempre encantadora. Mesmo quando grosseira). Podia dar mais detalhes, Amanda como a esposa, Morris como o policial que lhe previne que vai custar a prender uma vigarista de tal quilate, o chato do Favreau faz o patrão que trata mal Bateman. E ainda por cima um gangster que também foi roubado por Melissa e mandou três assassinos atrás dela (e no caso ele que a capturou).
 

Conclusão: Melissa é ótima e merecia melhor script e filme.