Num ano sofrível em lançamentos pode reservar lugar especial dentre os piores do ano para este lamentável thriller feito pelo diretor de O Poder e a Lei (The Lincoln Lawyer, 11), que em nada preparava esta infelicidade que é ruim em todos os aspectos: historia fraca que resulta num roteiro ruim, com péssimos diálogos personagens-clichês mal desenvolvidos (a inglesa Gemma de James Bond-Quantum of Solace e João e Maria, tem meia dúzia de cenas que não explicam a que veio, não funciona nem como triangulo amoroso). E praticamente não tem suspense, emoção, nem chega a ser policial. Começa com uma se fosse uma reportagem sobre o sucesso do jogo de pôquer em casa, através da televisão e internet (na verdade, a única razão para Ben Affleck estar no elenco comprovando sua nunca desmentida falta de talento como ator. É um canastrão chave de ouro o que justifica também a reação do publico repudiando ele como Batman. Assino em baixo! Explicando: Ben foi campeão de torneios de pôquer (na internet) e é considerado uma fera no carteado - talvez explicado por sua chamada cara de pôquer, que nunca reflete emoções).
Só que depois deste começo sensacionalista custa a se desenvolver com uma mera historia de um estudante de faculdade Princeton que é ameaçado de ser expulso, porque ganha para difundir o jogo on line, o que seria perigoso etc e tal. Preciso abrir parêntesis para explicar que eu detesto qualquer tipo de jogo e não tenho o menor interesse no assunto, e mesmo assim foram poucos os filmes do gênero que funcionaram (como a Mesa do Diabo com Steve McQueen e a Big Hand for a Little Lady, Jogada Decisiva, 66 com Henry Fonda. O mais recente que foi curioso com Kevin Spacey foi Quebrando a Banca, 08). Voltando ao filme. Quem faz o protagonista é Justin Timberlake, que não sabe o que fazer com o papel e resolve então não fazer nada. Passa totalmente neutro e em branco (ele funcionou em O Preço do Amanhã/In Time).No caso, ele vai para a Costa Rica tentar falar com o magnata do jogo on line que é um certo Ivan Block (Affleck) que se interessa por ele e lhe da uma chance de ser seu auxiliar (só mais tarde é que iremos perceber que Timberlake é bem burrinho e custa a perceber as jogadas e não há nada pior do que herói burro que ao final da uma reviravolta que nega tudo o que filme mostrou antes. Este é daquele tipo de filmes que enche as festas como se fossem grandes bacanais com montes de garotas de programa (e o cara espertíssimo ainda cai no golpe de filmarem ele com quatro delas para fazer chantagem como se hoje com a enxurrada de vídeos na internet alguém desse tanta importância a isso ainda mais no ambiente dele!). Tem um agente do FBI que deseja chamar Justin para seu lado mas o mais absurdo de tudo só pode ser o fato de que Affleck cultiva um lago com crocodilos gigantes e assassinos aonde naturalmente joga os inimigos!!! Nem em Jim das Selvas se usava mais isso...
Completamente anacrônico e mal feito, Aposta Máxima não interessa nem quem gosta de pôquer (ate porque não há cenas decentes com o carteado). Um detalhe: Leonardo Di Caprio assina como um dos produtores mas deve ser apenas porque a uma certa altura do projeto deve ter pensado em estrelá-lo. Fez bem em pular fora dele.