Crítica sobre o filme "Meu Malvado Favorito 2":

Rubens Ewald Filho
Meu Malvado Favorito 2 Por Rubens Ewald Filho
| Data: 08/02/2014

Indicado ao Oscar® de melhor animação do ano, esta continuação custou 76 milhões, rendeu 368 milhões no EUA e no resto do mundo mais 602! Foi, portanto, mega sucesso! Em 2010, o primeiro filme rendeu 250 milhões de dólares apenas nos Estados Unidos mesmo tendo personagens desconhecidos. Alem de 7 indicações para o Annie, e mais Globo de Ouro, Bafta e outros (mas não Oscar).

 Eu, porém, coloquei algumas restrições que o público ignorou. Era paixão mesmo. O protagonista chamado de  Gru (e que mantém seu um tom de voz que é uma mistura de Bela Lugosi e Ricardo Montalban) era o primeiro malvado ou seja vilão, a dominar um filme inteiro (Nem Cruell de Vil de Dálmatas de Disney foi capaz disso). Daí o encanto deste mal humorado e infeliz Gur, que vive para fazer as piores maldades (como roubar pedaço da lua).

Nesta continuação retornou a dupla de diretores franceses Pierre Coffin e Chris Renaud , simplesmente porque a Universal  pertence parcialmente aos franceses do Canal Plus, ou seja, tudo ficou mais fácil e ajuda a dar uma roupagem internacional ao projeto que se tornou o filme do gênero, não americano de maior sucesso nos EUA!. Aliás, neste momento já estão anunciando uma nova continuação que ira se chamar Os Minions para 2014. Para quem não sabe o que é: este é o nome dos ajudantes do Gur, aqueles amarelinhos que parecem mais dedal de dedo.

Ainda assim houve problemas na dublagem: Javier Bardem se afastou da produção e Al Pacino começou a gravar o personagem do latino Eduardo, mas houve briga e largou o projeto.

De qualquer forma, havia um problema difícil de resolver. Gru é um sujeito mau que ao final da primeira história se arrepende e muda completamente, adotando as três crianças e procurando levar outra vida. Mesmo fugindo das mulheres, por alguma estranha razão, ainda as atrai e continuam a dar em cima dele! Ou seja, o Malvado deixa de ser malvado. Então o que fazer com ele? Bem que podiam lhe dar uma paulada na cabeça e uma recaída mas a opção foi outra, transformá-lo ainda mais em família! Mudando completamente o caráter do filme. No máximo agora ele tem ataques de mau humor e se tornou um resmungão, um rabugento. Tornou-se comédia romântica, comédia infantil, dando muito espaço aos minions (que inclusive tem a honra de encerrar o filme com quase um numero de circo, no meio dos letreiros!).

Ou seja, o ex-vilão cuida de suas crianças adotadas quando o fiel cúmplice Dr. Nefarius larga seu emprego em busca de melhor alternativa. Mas é visitado por uma super espiã Lucy Wilde, da Liga Anti Vilão, que vem lhe pedir ajuda para enfrentar quando um desconhecido roubou um laboratório  com um aeronave-imã. Dessa forma, ele embarca numa historia cheia de comédia de situações, dificuldades românticas das crianças (uma delas se envolve com um garoto latino todo metido,que vem a ser filho do bandido latino). Ou seja, muito pastelão, piadinhas com os Minions, num pacote que faz rir. Suponho porém que o terceiro capitulo que será em cima dos Minions deve estourar ainda mais.