Crítica sobre o filme "Hobbit, O: A Desolação de Smaug":

Rubens Ewald Filho
Hobbit, O: A Desolação de Smaug Por Rubens Ewald Filho
| Data: 09/02/2014

Já se foram os bons tempos em que a série Senhor dos Anéis ganhava Oscars® e ao menos indicações de Oscar® (este segundo filme da nova trilogia ao menos foi indicado para edição de som, mixagem (som) e efeitos visuais). O primeiro Hobbit Uma Jornada Inesperada também teve 3 indicações mas diferentes: maquiagem e cabelos, desenhos de produção e repetindo efeitos visuais.

O primeiro filme do Hobbit era legal, mas pouco mais que isso, parecia esticado (e não vi ainda a versão com 16 minutos que esta saindo agora em Home Video). Mas este capítulo do meio é tudo aquilo que se esperava de uma série que impôs um padrão de qualidade no gênero difícil de superar.

Ele começa com um piscar de olhos para a plateia mostrando um close de Peter Jackson, o próprio diretor/produtor saindo de uma casa. E já começa a aventura que não vai parar mais, ao contrário muita coisa vai ficar em suspenso para ser resolvida apenas no próximo capítulo (não quero dar detalhes, mas nenhuma trama principal é solucionada, quase como em O Império Contra Ataca). É verdade que tem tanta ação que teve momentos que me faltou fôlego e me perguntei, não será excessivo? Não em violência felizmente, que esta na medida adequada. Mas são enormes e longas batalhas (e mais o clímax com o tão esperado dragão que leva a voz do Cumberbatch ), várias delas  eletrizantes e o suficiente para me deixar com vontade de assistir de novo (suspeito que alguns detalhes faltam ser  observados).

Desta vez, Martin Freeman (Bilbo) desaparece de vez em quando (embora já esteja sob a influência do anel que lhe serve para se tornar invisível quando as aranhas atacam!) e mesmo Ian McKellen (Gandalf) é tirado de cena por um longo período. Há muita ação com os Orcs, mas o episódio mais interessante talvez seja justamente com os elfos arqueiros que  a principio não são nada amigáveis aprisionando o que chamam de anões. Todo mundo já leu a respeito de que no texto original havia poucos personagens femininos e os adaptadores, Jackson e sua mulher, resolveram inventar uma mulher elfo chamada Tauriel e que é interpretada por Evangeline Lily, revelação da serie de teve Lost. Ela briga bastante com seu superior (Orlando Bloom maquiado para ficar melhor do que na vida real e outros filmes embora eu aprecie mais Lee Pace, de Pushing Daisies como o rei Thranduil). Ainda assim, meio sem explicação a moça fica desatinada quando conhece a cara de bicho (isso é elogio) de Kili (Aidan Turner), e por amor fará tudo para salvá-lo de um envenenamento (que por sinal custa a fazer efeito).

Na hora final, os heróis pegam carona num barco cheio de peixe conduzido pelo capitão Luke Evans (Girion) e vão parar no reino de Laketown onde Stephen Fry é o líder. Dali partem para o luta com o dragão... Como já disse, achei tudo tecnicamente brilhante e ao contrário do primeiro filme mergulhei nas imagens, na exemplar direção de arte e agora já aguardo com ansiedade o próximo e suponho ultimo capitulo previsto para o ano que vem. Ainda.