Está entre os cinco finalistas par a o Oscar® de efeitos visuais, esta que é a segunda fita da nova serie ou reboot, que me parece superior a primeira. Apesar de ter sofrido injustas restrições dos fãs, eu ao menos mergulhei inteiramente nesta nova aventura e me tornei admirador do diretor J.J. Abrams, que por enquanto me impressionava mais na televisão (Lost) do que no cinema (o primeiro Star Trek que ele dirigiu não era nenhuma maravilha, Super 8 foi super estimado). E como ele agora é responsável pela franquia de Star Wars (e pretende fazer um filme deles por ano) fico feliz pela impressionante competência que demonstrou num incrível filme de ação, com um visual fantástico e onde até mesmo o loirinho que assumiu o Capitão Kirk, o Chris Pine, dá sinais de talento e esperança. Chega mesmo a convencer. É mais um inesperado milagre de um filme cujo único problema é não podermos revelar aqui alguns detalhes da trama que tornam o enredo ainda mais saboroso, como uma aparição inesperada e uma identidade de vilão.
Que se torna mais interessante quanto menos se aprofundar, ao menos neste momento. Mas para os não-fãs esta é a chance de Star Trek conquistar novas plateias. Quem reclamava de que os filmes da série sempre se passavam numa perene sala de comando, sets de gosto duvidoso e tinham mais blábláblá do que ação. Pois agora eles vão se calar.
O que mais me impressionou neste novo filme da série (e o segundo com Abrams) é que o filme tem uma narrativa completamente diferente, moderna, influenciada pela televisão, com efeitos de contra luz, câmera ágil e uma brilhante e inovadora direção de arte. Acho melhor usar a palavra correta que seria “desenho de produção”, o artista que concebeu o novo visual que vai desde os ambientes interiores, ate os arranha céus da cidade do futuro, ate as salas onde se realizam as reuniões, ou guardam arquivos secretos.
Claro que eu achei uma grande sacada chamar o ator que criou o Robocop original e que está injustamente esquecido, o Peter Weller, para um papel super importante. Só superado pela perspicácia em recrutar as pressas o Benedict Cumberbatch (antes que O Hobbit o use demais, ou a serie Sherlock o torne excessivamente famoso). Sua voz profunda (ainda que alterada ), sua presença longilínea e a eficiência de ator britânico veio dar uma dimensão maior a um personagem que podia ser um mero vilão ou terrorista, como a principio é chamado, mas uma figura que vai ganhando novas dimensões e para quem acompanha a série desde a TV, um sentindo muito bem vindo.
O que realmente me surpreende é que o cinema americano de blockbuster ter sido capaz de produzir na mesma temporada dois filmes de ação /ficção (científica ou mera fantasia) de tanta competência quanto o Homem de Ferro III e este Star Trek, ambos expandindo os horizontes do filme de efeitos especiais, cada um a seu modo e com seu estilo. Mas ambos brilhantes como diversão.