Este foi o filme independente americano mais premiado e elogiado do ano, de tal forma que foi uma decepção quando ele não foi incluído em nenhuma das três premiações, o Globo de Ouro, SAG, nem Globo de Ouro. Mas ganhou o Gotham, O National Board of Review, prêmio de revelação (Avenir) em Cannes, sindicato dos produtores, revelação nos críticos de Nova York, e principalmente júri e público do Festival de Sundance. Está ainda indicado para o Independent Spírit de ator (Michael B.Jordan, nada a ver com o esportista, este já se tornou astro), direção e coadjuvante Melonie Diaz.
Foi Forest Whitaker quem co-produziu o filme que traz no elenco em papel forte a vencedora de coadjuvante do ano passado Octatia Spencer. Como a maioria dos filmes deste ano, conta uma história real. A de Oscar Grant II, de 22 anos, um negro que vivia na chamada Bay Area (região da grande San Francisco), que no último dia de 2008, levanta-se sem saber que terá um fim trágico. Encontra a família, os amigos, a namorada, sem saber que será atacado e morto, sem qualquer justificativa por um policial.
Mais um filme sobre a banalidade da violência e do crime, das vítimas que nada podem fazer, seja aqui, seja lá. Realizado com competência por um diretor roteirista negro Ryan Coogler (que até agora tinha feito apenas três curtas). Daquela maneira costumeira. Imagens de telejornais, câmera na mãe, interpretação espontânea. Talvez sua diferença seja a presença de um ator muito simpático e espontâneo, que é uma vergonha que eu não o conheça melhor já que estrelou algumas das series mais elogiadas recentes, como The Wire, Friday Night Lights, se iniciando ainda moleque na Familia Soprano.