Crítica sobre o filme "Thor: O Mundo Sombrio":

Jorge Saldanha
Thor: O Mundo Sombrio Por Jorge Saldanha
| Data: 09/03/2014

Sai o “Shakespeareano” Kenneth Branagh de THOR (2011), e entra na direção da sequência Alan Taylor, um dos co-diretores e co-produtores das duas temporadas iniciais da fantástica série da HBO GAME OF THRONES. Independentemente de quem tenha se saído melhor na empreitada, o fato é que este THOR – O MUNDO SOMBRIO (2013) é um filme mais ambicioso e de escopo maior, em todos os sentidos, do que a aventura inicial que trouxe o Deus do Trovão para o universo cinemático da Marvel.

Basicamente uma space-opera que alterna momentos divertidos, dramáticos (o belo funeral viking) e de ação à la STAR WARS, o filme se passa em pelo menos três mundos (Terra, Asgard e o tal planeta sombrio do título). Agora, no centro da história está a paixão humana de Thor, Jane Foster, já que ela, inadvertidamente, encontra a chave para trazer as Trevas de volta ao Universo – objetivo do líder dos Elfos Negros, Malekith, interpretado por um quase irreconhecível Christopher Eccleston (o nono Doutor da série britânica DOCTOR WHO).

Se nas tramas palacianas Branagh se saiu bem, Taylor, que na TV também se familiarizou com o tema, se revelou muito competente nos segmentos de ação. E, como referência ao seu trabalho em GAME OF THRONES, fez questão de colocar corvos em Asgard. O australiano Chris Hemsworth agora está mais à vontade como Thor, mas continuo achando totalmente sem graça a Jane de Natalie Portman. Simplesmente não dá para entender como o herói prefere a cientista sem sal da Terra à guerreira asgardiana Lady Sif, vivida por Jaimie Alexander.

Mas quem rouba a cena mais uma vez é o incrível Tom Hiddleston, que pelo jeito nasceu para interpretar o matreiro irmão adotivo de Thor, Loki. A trama abre mais espaço ao seu personagem, que junto do irmão busca, à revelia de Odin (Anthony Hopkins), impedir os planos de Malekith e, principalmente, vingar-se da morte de um dos personagens do filme. Outro que ganha mais espaço é o ótimo Idris Elba como Heimdall, sentinela e “porteiro” de Asgard.

O tom espacial e a cena dos créditos finais de THOR – O MUNDO SOMBRIO, que introduz o personagem Colecionador (Benicio Del Toro), preparam o terreno para GUARDIÕES DA GALÁXIA, essa sim uma autêntica (e pelo que tudo indica, irreverente) space-opera da Fase 2 da Marvel, que estreia nos cinemas em agosto. E aguarde até o final dos créditos, porque ainda tem mais uma cena com Thor e Jane.