Esta é uma curiosa produção espanhola que investe mesmo em dramas de suspense e terror. Feita por um diretor de Valencia, que tem a curiosidade de ser também compositor (assinava como Chucky Namanera), aqui em seu terceiro longa (o roteiro não é dele). Foi indicado ao Goya de maquiagem e ao Gaudi, premio catalão, sete vezes (mas não ganhou nada). Num primeiro momento, a critica americana no Festival de Austin chegou a compará-la com Hitchcock e De Palma. Acho um pouco exagerado, digo muito! Mas não deixa de ser curioso surgir alguém nessa linha. Imaginem que teve gente que criticou o filme por ele ser demasiado calculado, planejado. Outros acham que ele imitava demais outro suspense Por um Fio (Phone Booth) com o Colin Farrel.
Elijah Wood e seu tipo particular servem para interpretar um pianista de concerto, Tom Selznick, que seria o melhor pianista de sua geração. Mas cinco anos antes numa apresentação teve síndrome do pânico ou o equivalente. Passou mal e desde então não conseguiu ser levado a sério. Agora planeja seu retorno, com o apoio da esposa e tocando num super piano, apenas por uma noite. Quando começa a tocar ele percebe que sua partitura está toda marcada e que existe um franco atirador no teatro. O segredo é se ele tocar alguma nota errada alguém morrerá! Ele, provavelmente.
Não deixa de ser uma ideia curiosa e, outra critica que o filme teve, foi por se levar tão a serio (mas admitem que ao menos o protagonista é menos burro que costume). John Cusack fica a maior parte do tempo fora de cena, mas é possível se ouvir sua voz e reconhecê-la (ultimamente ele parece ter desistido da carreira e faz qualquer coisa, pior ainda que Nicolas Cage). Enfim, eu vi o filme num avião, que não é o melhor lugar para avaliá-lo. Mas o thriller me pareceu interessante mesmo se no final das contas não gostar do resultado. Mesmo se sair falando mal, já é lucro.