Crítica sobre o filme "Capitão América 2: O Soldado Invernal":

Rubens Ewald Filho
Capitão América 2: O Soldado Invernal Por Rubens Ewald Filho
| Data: 10/04/2014

Depois amealhar mais de 300 mil dólares em seu primeiro fim de semana (no mercado mundial, nos EUA passou dos 90!), justamente este herói, Steve Rogers, que era o mais duvidoso dos Avengers, comprovou sua popularidade. E olha que tinha muita coisa contra ele, inclusive o fato de ter passado anos congelado (antes do filme anterior) e carregar sua reputação de excessivamente norte-americano e o pior: é interpretado pelo mais fraco dos interpretes desta safra de super heróis, o indescritível Chris Evans, é impassível demais para ser chamado de canastrão e que mesmo já tendo sido outro super herói em dois filmes, ainda não é lembrado pelo público (falo de  A Tocha Humana de Quarteto Fantástico I e II). Não é uma figura desagradável e já vi atores piores, apenas não é carismático. Deve ser inteligente porque sairá disso muito rico e já anunciou que não deseja ser ator, mas ira investir na profissão de diretor! 

O milagre é que apesar de tudo o Sr. Evans não chega a incomodar. A Disney afirma que a Marvel pediu aos roteiristas para fazerem o filme mais espetacular possível principalmente na parte final. E o bom é que conseguiram.

Chamaram uma dupla de irmãos para dirigir (eles não tem uma carreira muito brilhante, fizeram uma comedia horrível para George Clooney, Tudo Por um Segredo, 02, Dois é Bom Três É Demais, 06, com Owen Wilson, e algumas series de TV (como Community).

Logo no começo temos uma surpresa quando justamente o chefe de toda organização a S.H.I.E.L.D., o Nick Fury (Samuel L. Jackson) é assassinado por uma figura misteriosa, mas ainda tem tempo de avisar Steve de que toda organização esta infiltrada de inimigos e traidores. Que conquistaram inclusive a arma secreta mais importante deles que é o Soldado Invernal. E mesmo o Capitão (desta vez seu escudo realmente parece mais útil) é considerado também traidor. Resta ao menos a presença da russa Natasha Romanoff, a Viúva Negra (Scarlett) para cumprir o seu dever. E chega de falar em história.

O filme é ajudado pela presença de amigo voador (Anthony Mackie, uma figura simpática como o Falcon), mas a decepção é se constatar que Robert Redford em seu primeiro blockbuster está simplesmente fora de forma. Ele sim era incrivelmente carismático, tinha um timing perfeito, mas acho que ficar fora da tela tanto tempo não ajuda, ele simplesmente não convence (os que disserem que ele estava bem no filme anterior de retorno que foi Até o Fim, 13, era porque não falava, apenas reagia as situações e se estivesse tão bem não teria ficado fora da lista dos finalistas do Oscar®).

Felizmente o filme tem uma quantidade enorme de ação, reviravoltas, efeitos (isso sem esquecer que o visual da sede foge ao convencional) e termina de forma espetacular. A Marvel acertou de novo. Grande diversão!