Crítica sobre o filme "No Limite do Amanhã":

Rubens Ewald Filho
No Limite do Amanhã Por Rubens Ewald Filho
| Data: 28/05/2014

Não se pode dizer que seja exatamente original, já que a situação básica do filme (o fato que vai se repetindo até o herói encontrar uma saída é inspirado por Feitiço do Tempo, Groundhog Day, 93, com Bill Murray), os ETs parecem os de Guerra dos Mundos e o ponto de partida, um oficial de gabinete ser forçado a lutar é completamente ilógico e inconvincente (curioso: o diretor teve medo de deixar claro que certos elementos são de comédia e devem ser encarados como tal. O fato de Cruise ir forçado a lutar naquele começo de filme só mesmo como piada).

O incrível é que este é outra produção de e com Tom Cruise que é ficção cientifica (logo depois de outro do gênero, Oblivion, bem inferior a este) ou fantasia (como se ele evitasse papeis mais humanos e sinceros, são já 18 anos desde Jerry McGuire! Teria desistido de conseguir um Oscar®? Pois aos 52 anos, Tom ainda segura em filme de ação e algumas cenas ainda é ele que cai e apanha!). Desta vez temos dois bons roteiristas chamados por ele: Christopher McQuarrie (Os Suspeitos e para Cruise, Jack Reacher e Operação Valquíria) e Jezz Butherworth (Jogo de Poder, A Isca Perfeita).  E o primeiro encontro com o diretor Doug Liman (que quase se arruinou com Sr. e Sra. Smith, mas antes fez bons trabalhos no primeiro Bourne, a Identidade, Vamos Nessa).

E sem mais retórica: este No Limite do Amanhã é divertido, super bem produzido, interessante e mesmo um pouco difícil de seguir ao menos pelo espectador casual e desatento. Cruise faz Cage, oficial de relações publicas, que é obrigado a ir lutar no que pode ser a batalha final e decisiva com seres extraterrestres que dominaram a Terra e estão ganhando a guerra. Graças a uma grande guerreira Rita (a inglesa Emily Blunt, cada vez mais encantadora) eles partem otimistas. Mas é uma cilada e Cage cai numa praia (lembrando O Dia D) e por acaso entra em luta contra um ET graduado que lhe passa um possível segredo, que lhe permitirá até mesmo vencer a luta.

Mas isso depois de muitas reviravoltas ou melhor dizendo repetições, de novo, de novo e de novo até finalmente encontrarem um solução e a saída. Ou não. Não sei se as soluções chegam a fazer absoluto sentido, mas é Guerra dos Mundos mais sofisticado e vitaminado. Achei um filme de ação de primeira linha e dos melhores da temporada. Vamos ver só se Cruise ainda tem o carisma de atrair e segurar sua antiga plateia.