Crítica sobre o filme "Yves Saint Laurrent":

Rubens Ewald Filho
Yves Saint Laurrent Por Rubens Ewald Filho
| Data: 24/04/2014

É muito curioso que pouco tempo depois do documentário sobre o mesmo personagem e tema (que se chamou  de L´Amour Fou, 2012) já temos um filme com atores percorrendo o mesmo caminho e enfocando o mesmo grupo de interesse. Porque é bom logo definir que esta é uma biografia bem feita, muito bem interpretada, mas com endereço certo: é preciso que você se interesse pelo assunto, por moda, por História da Moda, por design, por fofocas e uma saborosa mas até bem comportada história de amor gay. Com dois atores excepcionais, um deles foi descoberto agora no Festival Varilux com um filme que esta também em pré estreias, o magnífico Guillaume  Galliene, da Comédia Française e que esta sensacional no filme Eu Mamãe e os Meninos. Aqui ele faz o papel de Pierre Bergé.

Houve gente que disse que o filme é tão entediante quanto ver um desfile de modas e mais curioso ainda é que vem mais um filme sobre o mesmo tema, previsto ainda para 2014 na França, dirigido por Bertrand Bonello e que espera-se traga novidades mais picantes.    Também falam mal do diretor deste, Jalil Lespert, que teria feito antes dois filmes muito desapontadores que não passaram aqui (24 Mesures e Des Vents Contraires) e lembram que houve outros filmes recentes sobre figuras ou artistas que trabalhavam com isso e que eram bem interessantes, como o sobre Gainsbourg e o Coco Chanel e Igor Stravinsky.  O realizador é incapaz de colocar tudo em seu contexto histórico (e  da moda) se fixando mais mesmo no romance bem sucedido do Improvável casal.  A ascensão de Saint Laurent é mostrada de maneira banal e previsível.  Não se pode reclamar porém do trabalho dos atores, também o Pierre Niney (20 anos Mais Jovem, Românticos Anônimos) que a crítica achou que era um caso de mimetismo, de tal maneira ficou parecido com o figurinista).