Havia uma grande expectativa por parte dos “young adults” pela adaptação para o cinema deste Best-seller do autor John Green (conhecido também como vídeo blogger, com quase 2 milhões de seguidores) que poderia ser comparado como o “Love Story” desta geração (se referindo ao livro de Erich Segal dos anos 70). Ainda que de passagem se possa dizer que este é bem superior.
Foi tomado muito cuidado com a adaptação que me pareceu bem fiel e respeitosa e com as opções corretas. Evita-se o sentimentalismo, o excesso de clichês e se não foge do choro, mas também não se força a barra. Este é o tipo do filme que devo comentar pouco para não revelar segredos ou detalhes que só irão estragar o prazer do filme. Obviamente Shaileene esta bem mais magra do em Divergente, já que faz uma estudante que sofre de uma doença grave (o tempo todo ela respira com a ajuda de oxigênio, com dois fios nas narinas) e que está sendo forçada a fazer uma espécie de terapia de grupo, ou grupo de ajuda com outras pessoas que tem problemas de saúde semelhante. Com relutância, ela deixa se aproximar um rapaz alto e presunçoso, o loirinho Ansel, que em Divergente faz o papel de irmão da heroína). Aos poucos, os dois vão se apaixonando e tendo a primeira relação sexual. As famílias observam tudo com ansiedade (Laura Dern, ótima como sempre, faz a mãe e o pai do rapaz de é SamTramell, de True Blood). Tem ainda Natt Wolff como amigo que faz as piadas e uma trama paralela que de certa maneira só existe para motivar uma viagem ao exterior muito fotogênica (a Amsterdam) e também uma visita tocante a casa onde viveu Anne Frank. Tudo porque a heroína Hazel é apaixonada por um livro e um autor , Van Houten (um mal humorado Dafoe), que depois de muito tempo recusa se corresponder e ainda mais se encontrar pessoalmente. Nesse meio tempo Hazel se envolveu com o colega Gus que já não tem parte de uma perna, mas parece estar em remissão. Alto, loirinho, atrevido e bem humorado (sempre com um ar de pretensioso que o ator Ansel sabe fazer bem), ele acaba por conquistá-la.
Achei que o diretor Josh Boone foi uma escolha correta até porque eu tinha gostado muito do que ele fez com o recente Ligados pelo Amor. De certa altura em diante, é praticamente impossível não se emocionar e chorar (mais ou menos, vai depender de cada um). Mas são lágrimas dignas, conquistadas pela sinceridade dos atores, da realização, sem apelações vulgares. Já que não deixa de ser curioso o sucesso de um filme que fala para jovens e contempla a inevitabilidade da morte.