Crítica sobre o filme "Anjos da Lei 2":

Rubens Ewald Filho
Anjos da Lei 2 Por Rubens Ewald Filho
| Data: 04/09/2014

Há dois anos o jovem astro Channing Tatum e o já duas vezes indicado ao Oscar Jonah Hill fizeram muito sucesso com a versão para o cinema da série de TV Anjos da Lei ou 21 Jump Street dos anos 80 e que havia sido  estrelada por Johnny Depp. Que por sinal fazia uma participação especial bem longa no final da comédia. Na verdade, a série criada originalmente por Stephen J. Cannell era totalmente absurda mas endereçada ao então nascente e crescente publico teen que se sofisticava gostando de ver atores jovens vivendo policiais que se infiltravam em High Schools para pegar traficantes. O que na época ainda era ousado e a primeira Dama americana fazia uma campanha mal sucedida obviamente que dizia “Diga não as Drogas”.

Não disseram e claro que não poderiam repetir a ingenuidade das tramas e o hoje o expectador jovem ainda mais o americano exige a cumplicidade do realizador. A curiosidade é que mudaram o titulo original para fazer piadas, em vez de “21 Jump” virou “22 Jump Street”. Este ano tivemos uma safra muito ruim de comédias e muitos fracassos, e este  mesmo não sendo grande coisa foi das que melhor se deram (mesmo sendo o orçamento alto, 50 milhões de dólares já chegou a 190 milhões no doméstico e mais 118 milhões no exterior).       

Não podia deixar de ser, o êxito levou a esta continuação feita pela mesma dupla de diretores Phil Lord e Christopher Miller que até então eram especializados em filmes de animação como Tá Chovendo Hamburger e Uma Aventura Lego. Mantiveram também a ideia central, Channing e Jonah são policiais especialistas em investigações criminais se infiltrando em escolas, na High School no filme anterior, e desta vez na Faculdade para descobrirem quem são os traficantes de uma nova droga. O elenco traz Ice Cube, Queen Latifah, e uma porção de gente conhecida. Na serie original quando Depp a largou foi substituído por um canastrão esquisito de sobrancelhas feitas chamado Richard Grieco, que justamente retorna aqui ainda piorado.

O filme não me empolgou (deu ate impressão de que eles já estavam entediados de fazer as palhaçadas) mas talvez por falta de alternativa, foi a comédia do ano nos EUA. Então pode ser uma alternativa, ajudado por um detalhe: fiquem na sala e assistam a comédia até fim, porque durante os letreiros finais surgem algumas das melhores piadas.