Crítica sobre o filme "Maze Runner - Correr ou Morrer":

Rubens Ewald Filho
Maze Runner - Correr ou Morrer Por Rubens Ewald Filho
| Data: 18/09/2014

A moda de livros para young adults tem provocado resultados divergentes. Para cada estouro como Jogos Vorazes e A Culpa é das Estrelas, temos que lamentar outros equívocos (como o atual O Doador de Memórias) e este filme B cheio de ação e ausente de surpresas que estreia simultaneamente com os EUA, mas que pode resultar numa boa diversão. Não fosse tão econômico no elenco praticamente todo desconhecido começando como o garoto Dylan, um sub-Rob Lowe que na verdade veio do seriado Teen Wolf e portanto tem seus defensores e uma moça Katia, filha de mãe brasileira que nos passou despercebida em outros filmes, mas é bonita, delicada e radicada na Inglaterra, ainda deve aprender. Infelizmente seu papel aqui é quase nada e não sabemos ainda se haverão as duas continuações previstas (ou três!).

Também falha na promoção (o cartaz é horrível e confuso, o sub título Correr ou Morrerseria mais adequado para comédia, o roteiro é cheio de clichês e facilmente previsível e o orçamento bem limitado) e se parece também com outro clássico da literatura O Rei das Moscas.

Achei a curiosa a escolha do diretor para fazer este filme. A Fox gostou tanto do curta metragem de animação chamado Ruins (11) justamente sobre uma companhia em ruínas, que resolveu pata contratá-lo para desenvolver este projeto baseado em 4 livros de James Dashner (seu The Scorch Trials estão em pré produção). Ele havia sido frequente diretor de arte e não se pode acusá-lo de não ter feito uma aventura diatópica ainda que derivativa com bastante ação (tenho preferência sempre por aranhas gigantes!) sobre um grupo de rapazes que vai parar numa espécie de labirinto, onde podem ou não encontrar uma saída. Embora como eu disse o desenrolar seja bem fácil de se adivinhar, não quer dizer que o filme não mantenha o clima e o suspense e somente nos cinco minutos finais é que teremos a resolução e a explicações (e a chamada para o próximo). Falha também no teor romance o que teoricamente afasta o público feminino!

Mas assisti com atenção e só me faltou mesmo a pipoca.