Este é o filme que supostamente deveria trazer de volta ao estrelato Kevin Costner, depois do sucesso na TV com a série Hatfields e McCoy. Mas se esqueceram que é uma daquelas produções européias de Luc Besson (co produziu com muitos, inclusive Christophe Lambert), das quais ele escreve sempre o roteiro. Umas poucas vão bem nos EUA (como foi o caso de Busca Implacável/Taken, com Liam Neeson) mas são exceção. Os filmes de Besson são para consumo europeu, no Oriente e depois no que existe ainda de filmes de ação. Os americanos em geral o ignoram como sucedeu com este que não rendeu mais do que 30 milhões, o que não é tão ruim (custou 28 milhões de dólares). Tudo parece mais uma vez a má vontade que a crítica tem contra o diretor McG. Desde suas Panteras, que se vinga tendo êxito na TV onde produziu os sucessos O.C. - Um Estranho no Paríiso, Chucke Sobrenatural.
Sem dúvida, este é um filme B desde sua concepção onde a maior atração são suas locações em Paris (mas a maior parte em Belgrado, na Sérvia). Não sua história, muito banal. Costner faz um agente da CIA que tem pouco tempo de vida e resolve aproveitar a chance para ser aproximar da filha quase adulta, que mal conhece (no papel Hailee, está melhor do que o papel lhe deu indicação ao Oscar® em Bravura Indômita). Oferecem-lhe uma droga experimental, que pode salvar sua vida em troca de uma última missão. Você já sabe de que tipo de filme se trata, basta citar a piada mais freqüente: o celular da filha toca nas horas mais esdrúxulas quando ela esta batendo ou matando alguém!
Naturalmente a narrativa é rápida, a direção de arte chique sem nenhuma tentativa de realismo, mas o conceito do homem de família que trabalha como assassino profissional já é velho (Costner não tem culpa, está discreto e com boa aparência, passivo como sempre). Desde que não se tenha qualquer expectativa, é perfeitamente consumível pelo público masculino (que vai apreciar Amber Heard, uma bela loira que esta sempre mudando de cara) e até dos filmes mais consumíveis do diretor.