E o mercado para a terceira idade vai indo muito bem nos EUA, onde dá certo também ao passar logo filme em casa (no Now deles). Infelizmente nem todos os projetos funcionam bem como esta comédia romântica mal ajustada e quase sem graça, que une como dupla Michael Douglas (recém saído ainda do seu tour de force como Liberace) e Diane Keaton (que das mulheres de sua geração, agora com quase 70, foi quem melhor conservou seu tipo e jeito simpático). Pena que não conseguiram um roteiro melhor do que este mal desenvolvido e primário de um certo Andrus, que havia feito o ótimo Melhor é impossível, Divinos Segredos e Ela é Impossível com Jane Fonda.
Michael é um agente imobiliário que vive numa casa diante do mar, e tem como vizinha uma mulher que se apresenta como cantora em casa noturna local (isso dá chance para Diane interpretar trechos de standards, infelizmente quase nunca se ouve a canção completa porque a voz dela é bem agradável). Mas o que restou são momentos leves e de bom gosto, o que nem sempre se pode dizer deste filme extremamente previsível e banal, quando logo se apresenta o maior conflito da história. A neta de Michael que ele nem conhecia, tem que ficar com o avô porque o pai foi preso cumprir pena de prisão e o avô nem a conhecia. O que não é tão problema porque a menina é bonitinha e encantadora.
O problema mesmo é que o diretor que já foi ótimo e fez clássicos (como Isto é Spinal Tap, A Coisa Certa, Conta Comigo, Harry e Sally Feitos um para o Outro, A Princesa Prometida e ainda Questão de Honra com Jack Nicholson e Louca Obsessão com Kathy Bates). Pena que dali em diante não deu mais uma dentro. Triste! Um detalhe: acho que preciso avisar, o público alvo está predisposto a curtir o filme seja bom ou não, lá fora custou 30 milhões e nos EUA rendeu 15. Não estreou ainda em outros mercados.