Crítica sobre o filme "Annabelle":

Rubens Ewald Filho
Annabelle Por Rubens Ewald Filho
| Data: 09/10/2014

Invocação do Mal (The Conjuring, 13), direção de James Wan, foi o filme de terror de maior repercussão nos EUA onde foi muito bem de bilheteria (para 20 milhões de orçamento, rendeu mais de 137 milhões de dólares por lá e 180 no resto do mundo). Nada mal para um filme modesto que veio recomendado pela direção de James Wan, que é o mesmo de Jogos Mortais (Saw, o primeiro de 2004) e do recente e bom Insidious (Sobrenatural).

Agora temos novo filme polêmico que dividiu a crítica (ao menos o critico do Entertainment Weekly, destruiu o filme) mas foi muito bem de bilheteria nos EUA fim de semana passado, quase batendo Garota Exemplar (que é bem mais longo e tem uma sessão diária a menos). Na verdade, fiquei impressionado com dois amigos próximos, críticos veteranos que não gostam especialmente do gênero e que confessaram que não viram nada parecido. Ambos ficaram passaram mal e ficaram abalados com duas sequências do filme. Eu acho que muito ingenuamente levei a sério, mas só agora vendo o filme é que acreditei que eles estavam brincando comigo, ou pior. Achei este terror Classe C, das coisas mais bobas que já assisti. Na verdade, as duas cenas que falam são ridículas (uma delas é uma figura de preto que nada tem a ver com o resto do filme! Outra um fantasma que avança para a câmera). Na verdade, o elenco é dos piores que já vi nos últimos anos em particular o casal central, ela bonita e mais gelada que um sorvete. Ele com cara de Michael York com pneumonia.   

O filme é Annabelle e é basicamente uma prequel, um prólogo que é produzido pelo antigo diretor, o Wan e dirigido pelo fotografo daquele filme, John R. Leonetti (que dirigiu raramente antes como em Efeito Borboleta 2). Agora em cima de uma figura que pouco merece atenção: uma boneca chamada Annabelle, muito inferior ao Brinquedo Assassino Chucky. É sobre uma uma mãe recente Mia (Annabelle Wallis) e um demônio que vive dentro de uma boneca feia, grande e sem expressão  que estaria  tentando roubar a alma da criança. Mia é casada com John (Ward) um estudante de medicina incompetente e ha ainda a vizinha  Evelyn (a excelente Alfre Woodward) que tenta ajudar a moça. Porque uma atriz de seu calibre fez o filme, só as dívidas podem explicar.  Há ainda um padre (Tony Amendola, que lembra muito o F.Murray Abraham) um culto satânico, muitas referências a O Bebe de Rosemary (claro que todo mundo sabe que Mia é o nome da atriz que fez o papel central daquele filme). Mas nada faz sentido ou impressiona.

Como fui cair nesta cilada, não consigo acreditar.