Crítica sobre o filme "39 Degraus, Os":

Rubens Ewald Filho
39 Degraus, Os Por Rubens Ewald Filho
| Data: 13/11/1994

Baseado em livro famoso de John Buchan publicado em 1915, muito modificado por Hitchcock, este filme decepciona um pouco, em parte por sua produção modesta, em estúdio. Embora Hitch considerasse um de seus filmes preferidos, suas refilmagens são bastante boas (tem uma de 59 com Kenneth More, com outro final e outro de 78, também com outra alternativa de fim). Vale por conhecer Donat (Oscar por Adeus Mr. Chips) hoje esquecido que faz o herói. Os admiradores da fita elogiam o senso do macabro, a riqueza de detalhes e principalmente as mudanças rápidas de uma situação para outra. Foi o primeiro onde ele usou o tema clássico do inocente acusado por provas circunstanciais que tem que limpar o nome. Donat tem que fugir quando descobre que uma mulher misteriosa que ele acolheu durante a noite foi assassinada. Os matadores estão atrás dele nem sabe o porquê e tem que ir para a Escócia, seguindo uma pista. Acaba se envolvendo com grupo de espiões e fica algemado a uma garota que conheceu no trem (a também estrela Carroll). Ficou famosa também a cena em que o grito da velha que encontra o corpo se funde com o apito do trem que parte para as aventuras, uma novidade na época.