Crítica sobre o filme "Alexandre e o Dia Terrivel, Horrível, Espantoso e Horroroso":

Rubens Ewald Filho
Alexandre e o Dia Terrivel, Horrível, Espantoso e Horroroso Por Rubens Ewald Filho
| Data: 22/10/2014

Uma pena que Hollywood continue com a mania de colocar todas as melhores piadas de um filme em seu trailer. É o caso deste aqui onde praticamente nada escapou do que era já uma história curta (apenas 80 minutos), que está sendo exibida apenas dublada em português. O que as pessoas incautas não percebem é que com a dublagem é realizada uma censura com palavras ou intenções. Ainda mais num filme que eles desejam que seja para público infantil. Assim eles simplesmente eliminam um trocadilho importante que esta num livro (eles não colocam cocô de criança, o que de chocante não tem nada!). Isso deixa uma interrogação na sequência em que aparece o convidado Dick Van Dyke, sem entender porque a platéia fica chocada! E se fazem isso aqui, imaginem em filmes para a TV, mexem no que querem e o público preguiçoso que não sabe mais ler legendas, pensa que esta tudo no melhor dos mundos...

Bom, ao menos os filmes vêm nessa moda atual de historinhas infantis que são bem divertidas e adequadas. Nada contra. A autora do livro Judith Viorst já viu sua obra ser adaptada duas vezes para curtas, também de animação, depois em 99 num curta de 9 minutos. Agora é o big time, com um filme Disney com bom elenco (sou fã de Steve Carell e este ano o ator promete ser até indicado ao Oscar® de melhor ator concorrendo pelo show que dá como o treinador do filme Foxcatcher).

Ele é um engenheiro super qualificado que esta alguns meses desempregado. Mas o dia parece ser mal escolhido porque o filho adolescente deles de 12 anos, Alexandre, está atravessando a pior maré de falta de sorte: botou fogo na classe, sua festa de aniversario não vai dar certo porque outro colega vai fazer uma melhor e mais rica, a irmã ficou resfriado e vai perder o papel de Peter Pan na montagem escolar, o irmão mais velho foi reprovado na prova de motorista e a mãe fez tudo errado no lançamento importantíssimo de um livro de crianças... Ou seja, o livro é curtinho e eles expandem trazendo o mal também para outros membros da família.

Isso para não entrar em mais detalhes. É outro daqueles que insiste na mora de que não há nada melhor no mundo do que uma família, ainda mais quando é unida! Mas é bem feitinho, o elenco é bom, algumas situações são divertidas (não vou contar todas porque não sou trailer), mas mesmo assim até agora, na segunda semana em cartaz não passou do 37 milhões de dólares. Alguns críticos americanos acharam que o roteiro parecia de Liar, Liar, com Jim Carrey (só que aqui é uma família que faz um desejo que se cumpre. Isso porque eles não conhecem o filme nacional O Candidato Honesto).