Crítica sobre o filme "Santo Vizinho, Um":

Edinho Pasquale
Santo Vizinho, Um Por Edinho Pasquale
| Data: 16/02/2015

Um bom filme, mas não espere uma comédia típica do gênero para o tema. Bill Murray faz bem o papel de Vincent, um veterano de gurra, um sujeito amargurado, sem amigos, que se relaciona apenas com a prostituta russa Daka feita por Naomi Watts (bem no papel). Sua vidinha simples e sem regras começa a mudar quando se muda para a casa ao lado uma mulher divorciada, Maggie (Melissa McCarthy, sem muito o que fazer num papel menor) com seu filho, Oliver, o bom ator mirim Jaeden Lieberher. Suas vidas se cruzam e ao contrário do que pode parecer, as situações não são hilárias e sim até certo ponto dramáticas.

Depois do encontro fortuito, inevitável, começa um relacionamento do garoto com Vincent, que vai fazendo com que o amargurado e durão comece a mostrar sua outra face, já há bons indícios que Vincent na verdade não é tão ranzinza ou durão, quando visita um asilo semanalmente. Sua verdadeira motivação para ser anti-social vai surgindo aos poucos, num filme agradável, que vai nos envolvendo, com roteiro bem delineado (mas que não dá muitas chances aos coadjuvantes). O relacionamento do cara amargurado e duro vai se então se entrelaçando com as dificuldades do garoto, dando aos dois uma espécie de alento. Até seu nem tão previsível final. Pode agradar.