Decepcionante filme do diretor sul-africano Neill Blomkamp que em seu filme de estreia entusiasmou público e crítica com seu Distrito 9 e que caiu um pouco com Elysium. O filme até mantém o clima de quase apocalipse, com cenários que remetem a um planeta sujo, quase em destruição. O problema maior, além do fraco roteiro, é a escolha do elenco. Os protagonistas são muito fracos, até mesmo amadores. Não estou falando dos "convidados especiais" Hugh Jackman (certamente seu pior papel, ele está perdido em cena), Sigourney Weaver (um desperdício) e o "sempre-com-a-mesma-cara" indiano Dev Patel de Quem Quer Ser um Milionário?.

A ideia seria interessante, que poderia nos remeter á clássicos do gênero com a ideia de robôs com pensamento próprio, como Blade Runner, mas fica à léguas de distância. E bota léguas nisso. A história da empresa e seu criador que se rebela ao querer criar um robô que tenha seus próprios sentimentos, mas que para chegar a um nível de consciência adequado tem que aprender tudo, como se fora uma criança seria bem interessante se o diretor (responsável pelo roteiro) não desperdiçasse tudo tornando o filme numa fitinha de ação de quinta categoria. Nem tudo é perdido, tem uma edição de efeitos especiais. Mas só. É muito pouco para um promissor mas decepcionante filme. E que final é aquele??? Lá vem Chappie 2, 3...