Depois de uma estreia promissora o diretor sul africano começou a se perder com aquele Elysium (13) que era uma bobagem mas que tinha o charme da presença dos brasileiros Alice Braga e Wagner Moura. Ficava a suspeita de que ele era daqueles que iria se repetir na insistência de usar sempre um mesmo ator, apesar de apenas sofrível, o Sharlto Copley que aqui é a voz do protagonista, o robot chamado Chappie. Ele faz uma figuração também na cena final quando a polícia esta tentando abrir o portão, ele é um dos guardas com cabelo longo. Os bandidos são feitos por um grupo de rap local chamado Die Antwoord, por isso que eles aparecem tão canastrões e amadores (os nomes também não ajudam, Ninja, Yo-Landi Visser).
E variantes do mesmo ambiente (a África do Sul conturbada pela violência, desta assumindo mesmo o problema de luta nas ruas tão graves que quando estive lá recentemente não queriam que fosse visitar Johannesburg e só podia sair com escolta policial). Procurando ser realista, com uma fotografia feia e atores que parecem amadores de tão ruins, este novo filme sobre robots deve passar para a História como o pior trabalho de toda a carreira de Hugh Jackman, que ficou ridículo com cabelinho na testa e não conseguiu se encontrar num patético papel de vilão, que do meio para o filme enlouquece e sai atrás do inventor deles (feito pelo indiano Dev Patel, que faz tudo igual desde Quem Quer Ser um Milionário?).
No enredo, num futuro próximo o crime é patrulhado por um policial mecânico, robots, que foi criado por uma fabrica dirigida por uma mulher (Sigourney Weaver, outra coitada que entrou nesta fria). Se a princípio há um certo interesse, a situação vai piorando quando entra em cena um estúpida quadrilha de assaltantes, que ataca o jovem inventor e o robot chamado de Chappie, que é quase destruído mas depois reciclado de tal forma que virou o primeiro a ter uma inteligência artificial (ainda que pensasse como criança).
Não sei se faltou dinheiro mas o filme na hora final vai ficando cada vez mais absurdo a ponto de Jackman lutar para impor seu modelo, maior e segundo ele mais eficiente. O filme fica tão ridículo que é quase impossível de conter o riso e até mesmo a conclusão pseudo surpresa. Foi decepção de bilheteria (30 nos EUA, 49 no resto do mundo) e desprezado pela critica.