Crítica sobre o filme "Espiã Que Sabia de Menos, A":

Rubens Ewald Filho
Espiã Que Sabia de Menos, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 03/06/2015

Acho que só os mais velhos irão perceber que o titulo é uma brincadeira um pouco fora de moda com o clássico O Homem que Sabia Demais de Hitchcock, de 56. Mas sem dúvida melhor do que o americano que é simplesmente Spy (Espiã)! Outro problema: o filme chega depois de Kingsman: Secret Service, que é muito superior e foi grande sucesso no mundo inteiro! E ainda deve chegar em breve o também semelhante O Agente da Uncle, baseado na velha série de TV e todos esses fazendo uma sátira aos filmes de James Bond. Espiã faz tudo de maneira explícita, começando pelos letreiros, que são citações diretas,e vários outros detalhes que os fãs vão achar divertido reconhecer.

Este também é o terceiro filme que o roteirista e diretor Paul Feig (que veio de uma série de TV  Cult chamada Freaks and Geeks faz com sua nova musa, a gordinha e divertida Melissa McCarthy, que foi indicada ao Oscar de coadjuvante pelo filme Missão Madrinha de Casamento, depois esteve em As Bem Armadas com Sandra Bullock, sempre sob as ordens deste diretor (os outros filmes que fez ou eram papéis pequenos de cortesia ou uma comédia sem graça dirigida pelo marido ator Ben Falcone - que aparece aqui como turista americano -Tammy, 14. Isso para não esquecer sua passagem pelas série Gilmore Girls e Mike & Molly.

Está na cara então qual o problema: a super exposição, tem feito filmes demais e se repetindo. A principio era impagável, mas já está cansando com os mesmos trejeitos e estilo! Apesar de tudo (e algumas mancadas como desobedecer a regra numero um da comédia, não mostrar sangue, a violência deve ser como história em quadrinhos. Nunca apresentar as consequências!) o filme custa a engrenar mas depois tem alguns momentos engraçados. Nada inesquecível, mas ainda fácil de consumir.

Na história, ela faz Susan Cooper, uma agente da CIA, que trabalha no escritório, ajudando os agentes de campo que enfrentam as perigosas missões. Ela ajuda mais precisamente um deles, Bradley (Jude Law) por quem é apaixonada enquanto sonha em conseguir agir sozinha, o que irá conseguir quando tem que infiltrar o mundo luxuoso dos traficantes de armas. Ainda que a trama em si não fique muito clara ou justificada, o que importa é que o filme tem os carros que você esperava, os locais elegantes que surpreendem (todos eles são na Hungria, mas raramente utilizados!), a inglesa Rose Byrne (também de Madrinhas) como uma perigosa vilã e Jason Statham como um ciumento agente rival. Também com Melissa, Feig deve fazer em breve a versão feminina de Caça Fantasmas.

Esperava mais, ainda assim funciona como passatempo.