Já começo com um resumo: é mais do mesmo. Mas que agrada mesmo assim. Explico: voltou à moda a sátira dos filmes de espionagem, como nos recentes November Man - Um Espião Nunca Morre (um pouco mais “sério”) e Kingsman – Serviço Secreto, este último um exemplo no formato, quase perfeito. Mais do mesmo ainda porque trás a boa atriz Melissa McCarthy (como Susan Cooper) numa terceira parceria com o diretor Paul Feig (fizeram antes Missão Madrinha de Casamento e As Bem Armadas), novamente forçando o riso nas gags sobre o sobrepeso dela. Mas ainda assim tem algumas boas piadas e situações, que podem agradar aos que gostam do gênero mais pastelão de rir.
Susan é uma agente que fica nos bastidores, dentro do escritório, ajudando ao superagente secreto “galã” (primeira “homenagem” ao 007... as demais são sobre os gadgets, como carros, armas , além de cenários exuberantes, cenas de perseguição de carro etc.), Bradley Fine, interpretado por Jude Law a se safar das situações de perigo. Com o fracasso de uma missão, ela se vê “obrigada” a partir para a ação, sendo uma agente de campo. Explicado o enredo é fácil concluir que ela vai fazer de tudo um pouco: se disfarçar de maneiras supostamente engraçadas, contracenar com vilões e agentes que forçarão seu sucesso e trapalhadas, forçar o riso, pois como uma gordinha pode ser tão ágil e por aí vai, com tramas e reviravoltas.
Mas isso tudo no geral se torna leve e até divertido, numa comédia que se não exigirmos muito, agrada e faz passar o tempo. Em tempo: o título nacional tenta fazer graça com o filme de Hitchcock, O Espião Que Sabia Demais, num dos poucos casos de acerto, pois original Spy é fraco. E até agora não sei o que dizer sobre Jason Statham no elenco de apoio: É engraçado porque satiriza a si próprio ou é natural por ser tão ruim como sempre.