Crítica sobre o filme "Minions":

Edinho Pasquale
Minions Por Edinho Pasquale
| Data: 24/06/2015

Depois do sucesso dos personagens nos filmes Meu Malvado Favorito 1 e 2 até que demorou uma edição como protagonistas. Na verdade, no primeiro Malvado eles despertaram muita curiosidade, no segundo, quase que roubaram o filme. Várias crianças (e de todas as idades, até os com mais de 50...) se encantaram por estas criaturinhas amarelas, atrapalhadas, com uma linguagem própria onde apenas algumas palavras são perceptíveis, e, o mais incrível, é em vários idiomas. Logo virou franquia de sucesso em brinquedos, bonecos etc. Aí vem então o óbvio: lançar um filme onde eles seriam protagonistas. O grande desafio seria manter uma história longa, pois por mais engraçadinhos que sejam, até esta falta de um idioma claro poderia atrapalhar. O resultado é o previsível, mas não desagradável: um filme carismático, que explora o que se tem de divertido nas gags mais visuais do que “intelectuais”, embora haja boas sacadas principalmente para os adultos nesse sentido (em especial as referências aos Beatles, por exemplo).

A boa sacada vem do fato de que se trata de um prequel, ou seja, um filme anterior ao Malvado. Começa muito bem ao explorar o que seria o início da criação das “criaturas amarelas”, ao longo da História, desde quando eram criaturas que surgiram no mar, com a necessidade de servir aos maiores vilões de cada época, como dinossauros, os homens da caverna, passando por Napoleão e várias outras parcerias que deram errado (claro que sempre por trapalhadas deles), até que 3 deles, Kevin, Stuart e Bob saem em busca de um novo mestre para servir, até aportar de maneira bem original nos anos 60 em Londres, ao ir em busca da vilã do momento, Scarlet Overkill e seu marido. Neste ponto começa quase que um segundo filme, que também começa bem, mas cai um pouco a seguir. Com cenários bem realistas como pano de fundo, razoáveis em 3D, tenta manter as gags visuais dos personagens (trapalhadas, a la Os Três Patetas mais modernos) e vai extraindo um sorriso aqui e outro ali. Nada de gargalhadas, mas vai mantendo um certo ritmo até voltar para um bom final, que explica muita coisa. Não dá pra contar detalhes de tudo isso pra não estragar as piadas.

Gostei, além disso, da construção dos personagens “humanos”, principalmente da família que dá carona pra eles no início do filme, até os personagens feitos sob medida para Sandra Bullock e seu partner, os vilões maiores da história (aqui dublados pelo casal Adriana Esteves e Vladmir Brichta, bem dirigidos, não dá pra abstrair as vozes originais o que poderia atrapalhar), da brincadeira inicial com o logo e música tema da Universal, a trilha sonora dos anos 60, todas as referências a Rainha da Inglaterra, as animações durante os créditos.

È divertido, não espetacular. Agrada obviamente aos que já gostavam dos personagens. Pode ter um público de qualquer idade, pois se há algo para adultos, também há muito para as crianças. Isso pelo menos parece que foi bem medido, dosado. Deve fazer ainda mais sucesso quando lançado em Home Video, seja por qual que seja a mídia ou formato, é claro que é para ser visto e revisto várias vezes.