Crítica sobre o filme "Quarteto Fantástico":

Rubens Ewald Filho
Quarteto Fantástico Por Rubens Ewald Filho
| Data: 05/08/2015

Já se temia o pior, quando ficamos sabendo dos boatos depois confirmados que o diretor deste filme, o jovem Josh Trank, havia sido despedido de seu próximo projeto, um dos longas da serie Star Wars, por causa da ma repercussão de seu trabalho neste filme, tendo um conflito direto com o produtor Simon Kinberg e um comportamento durante estas filmagens que foi chamado de “erratic” (traduzido como irregular ou instável). Na verdade, quando o estúdio se deu conta da besteira que o sujeito fez era tarde demais para mudar, ao menos tentaram salvar o próximo projeto (ele tinha feito antes apenas um filmeco meio amador chamado Poder sem Limites).

Afinal este é o pior filme da atual produção Marvel, inferior mesmo ao irregular Homem-Formiga, a tal ponto que no final do filme não teve nem aquelas ceninhas onde ao menos o Stan Lee aparecia fazendo gracinhas. Muito pior também que os dois filmes anteriores pela Fox, que eram ao menos divertidos e despretensiosos (na verdade, assim em retrospecto melhoram muito). O homônimo Quarteto Fantástico de 2005 e o Quarteto fantástico e o Surfista Prateado (07).

Na verdade, tenho dificuldade de encontrar alguma coisa que preste neste equivoco total. Os efeitos especiais são ridículos, por vezes usando miniaturas, lembrando fitinhas dos anos 50 do gênero. Na verdade, desde o começo do filme fiquei com a impressão de que parecia um desses telefilmes de orçamento reduzido onde tudo tem um enquadramento banal e poucos recursos. Na verdade, este aqui pretende ser o que chamam de “ Origins” (como fizeram com o Wolverine), mostrando como eles surgiram e se tornaram os heróis que já conhecemos: O Coisa, Johnny Storm, Sue Storm e o Sr. Fantástico ou Homem Elástico.

São dois garotos amigos, um deles Reed, depois o Homem Elástico, é um brilhante inventor e acaba sendo descoberto por um órgão do governo para quem ele cria uma forma de visitar um planeta desconhecido - teletransportar ele diz - em busca de novas energias. E voltam de lá transformados, sendo um deles que vai virar o vilão Dr. Doom (este vivido por um ator que não conhecia, Toby Kibbel, mais um britânico que esteve antes sem chamar a atenção em Príncipe da Pérsia, Fúria de Titãs 2, Rock n´rolla, Planetas dos Macacos, o Confronto, Cheri) e faz Messala no próximo remake de Ben Hur.

O governo é retratado de forma caricata (o chefe deles fica mascando um chiclete!) e mesmo os atores quando comprovadamente bons, como já provou Milles Teller, estão mau dirigidos e conduzidos, ou neutros (que na vida real é irmã de Rooney Mara). Mas é a incompetente direção que é a responsável por esta decepção. Mal dizendo, quem é culpado é o incompetente que o contratou e deixou livre para cometer esta bobagem.