Crítica sobre o filme "Hitman: Agente 47":

Edinho Pasquale
Hitman: Agente 47 Por Edinho Pasquale
| Data: 27/08/2015

Em geral já se sabe o que se pode esperar de um filme baseado em games e vice e versa. A trama tem que no mínimo ser coerente com os dois formatos e ter alguma aproximação entre elas, mesmo quando se trata de reboots, sequências etc. E este é exatamente o problema principal deste filme, as constantes falhas de consistências e até incoerências neste sentido.  Para quem não sabe, Hitmen são agentes criados com modificações genéticas com alto poder de percepção, velocidade, concentração, enfim, "máquinas para matar". Neste filme, um deles é praticamente o sobrevivente da "espécie", mas deve tentar encontrar o seu criador para evitar que uma organização criminosa, chamada de Sindicato, consiga informações suficientes para gerar uma nova "ninhada" de agentes, obviamente com não boas intenções. Ao mesmo tempo, se sabe que uma garota, Katia (Hannah Ware), é procurada por ter várias habilidades incomuns, semelhantes ao dos agentes, que também busca o criador, não por acaso seu pai (fato que ela não sabe, não entende inclusive o que são estes poderes). Mas a falha já começa aí, ela sabe que é diferente, mas não sabe porquê. Quando obviamente cruza o caminho do Hitman 47, ambos passam a ser perseguidos pelo tal Sindicato, para evitar que eles encontrem o Criador. mas não sabem porque...

Confuso e frágil, ao mesmo tempo.Mas tudo isso poderia ser explicado melhor num filme de 30 minutos, o resto é claro que é preenchido por cenas de ação, algumas muito bem produzidas, com bom ritmo, como matança em geral com tiroteios (só os mocinhos não são atingidos, eles são especiais, lembra?), perseguições, fugas etc. Só que em exagero. Vale apenas ressaltar que no elenco o ator britânico Rupert Friend, que teve uma participação impecável de Homeland,está bem com bom sotaque americano e até tem estampa para o personagem. Mas é pouco... Enfim: você quer ver um filme prá lá de pipoca, cheio tiros e ação, vá em frente, desligue o cérebro e corra para o cinema. Ou melhor, "pense" duas vezes, mesmo assim.