Crítica sobre o filme "Pixels":

Rubens Ewald Filho
Pixels Por Rubens Ewald Filho
| Data: 30/07/2015

Se você foi garoto nos anos 80, com certeza vai se divertir com esta comédia que brinca com uma das modas da época, os vídeo games de fliperama, ainda um pouco toscos, que provocaram rivalidades, brigas e muitas discussões entre colegas e rivais. Uma pena que o trailer do vídeo revela a maior parte das brincadeiras, mas ainda assim esta é das boas comédias que o astro e produtor Adam Sandler de vez em quando consegue fazer. Muito bem conduzido pelo sempre competente Chris Columbus (que fez os 2 primeiros Harry Potter, Os Goonies, Esqueceram de Mim). Até o irrequieto astro sai-se bem aqui, o problema é que ele faz filmes demais e metade deles pode ir para o lixo. Mas sempre quando reúne os amigos, o resultado é superior, com melhores piadas, menos grossura (aqui há algumas tentativas, mas poucas porque a intenção é também atingir as crianças, já que os pais vão querer que elas conheçam os brinquedos de sua infância).

A ação começa em 1980, quando Sam Brenner (Adam Sandler), Will Cooper (Kevin James), Ludlow Lamonsoff (Josh Gad) e o anão Eddie "The Fire Blaster" Plant (Peter Dinklage) são rivais nas chamadas “video arcades”, se revezando nos diversos games, particularmente quando Sam perde o campeonato para Eddie (anos mais tarde apenas é que irá ficar sabendo que este trapaceou!). O grande problema é que os ETs não entenderam a mensagem que foi enviada para o espaço e a viram como uma declaração de guerra. E enviam a primeira nave deles repleta de monstros, como o Pac-Man, Donkey Kong, Galaga, Centipede, Spacey Invaders. Ainda bem que o gordinho e incompetente Will (Kevin James) agora é o presidente norte-americano, ainda que desacreditado, e na Casa Branca tem uma tenente muito atraente que provoca o interesse de Sam (feita pela sempre interessante Violet Van Patten (Michelle Monaghan). Repleta de piadinhas divertidas e com muitas citações de gente famosa (aliás algumas celebridades fazem pontas se sujeitando até mesmo a serem debochadas!). Mas o simpático e divertido é ver esses antigos heróis do fliperama serem ressuscitados, num filme de orçamento generoso (110 milhões de dólares), que resulta num passatempo adequado e Irresistível.

O filme procurou ter base real para sua história, exemplo professor Iwatani é o nome do verdadeiro criador do Pac-Man, e os resultados obtidos por Sam, Ludolow ou Eddie,também fazem referências a pessoas reais. E com o Sandler reúne-se novamente com os amigos (esta é a nona vez que trabalha com Kevin James) e pessoas que admira (foi busca em Game of Thrones, Dinklage e Sean Bean). Dizem que o filme é inspirado num curta francês de Patrick Jean, de 2010 (e por isso que ele ganhou crédito de coroteirista). Quem faz o papel de Dinklage (Eddie) quando jovem é outro anão músico chamado Andrew Brambridge e que é solista de um banda amadora chamada The Accomplices.