Crítica sobre o filme "Steve Jobs":

Edinho Pasquale
Steve Jobs Por Edinho Pasquale
| Data: 12/01/2016

Apesar do tema ser exaustivamente filmado ultimamente, esta versão aqui é um pouco diferente das demais. Não é uma biografia necessariamente completa de Jobs, mas mostra um perfil básico da sua personalidade, bem focada aqui, em 3 momentos diferentes da sua carreira. O Interessante roteiro portanto divide o filme de forma inteligente, mostrando desde o primeiro grande fracasso dele até a sua retomada rumo ao sucesso. Isto é realizado através de momentos antes das apresentações oficias dos produtos que marcaram estas "etapas" de sua vida (os lançamentos do McIntosh, do Next e do IMac), onde o sempre desagradável Jobs mostra toda a sua personalidade forte, pra dizer o mínimo, através do seu relacionamento com os funcionários, com Wozniak e até com a sua filha, tudo alinhavado pela personagem da sua assessora pessoal e diretora de Marketing .

Tecnicamente brilhante, com o Diretor fazendo uso de tecnologias diferentes  em cada uma das três etapas, a primeira bem granulada e sem definição, em 16mm, melhorando com os 35mm até chegar ao formato digital, fazendo um paralelo com a evolução da informática. A escolha dos atores é muito boa, com destaque para Kate Winslet (a assistente de Jobs, bem caracterizada), do próprio Fassbinder como Jobs e de um até surpreendente Seth Rogen como Wozniak. Bom ritmo, boa edição, o filme entretém, faz passar o tempo, com bela direção, inquieta. O surpreendente roteiro faz com que apesar de batido, o tema pode até ser revisto, apensar de algum sentimentalismo meio forçado no seu final. Mas vele se visto.