Nunca vi antes uma campanha tão grande em torno da estreia de um filme, procurando conseguir uma conspiração de silêncio, de tal maneira que os críticos só assistiram o filme na véspera de sua estreia nacional, como fazem um esforço muito grande para evitar que a imprensa - ou os estraga prazeres das redes sociais - revelassem detalhes ou surpresas do primeiro Star Wars em muitos anos. Concordo inteiramente com a Disney: quanto menos você souber sobre o filme mais vai apreciar as reviravoltas e até mesmo "choques" no que é - ao menos nesta primeira impressão - o melhor filme da série. E olha que pretendo assisti-lo de novo muito em breve.
Por isso vamos tentar elogiar Star Wars - O Despertar da Força sem revelar muita coisa. O maior mérito é do diretor J.J Abrams que veio da televisão e já demonstrou talento num dos “Missão impossível”. Ele tomou todas as decisões certas, começando pelo roteiro, que teve a participação de escritores experientes como Lawrence Kasdan, que escreveu os três primeiros filmes da série, e em dar o estrelato a um novo e desconhecido casal que promete ser os protagonistas desta nova trilogia. O negro, John Boyega, é um Sidney Poitier menos bonito, mas cheio de energia e destreza e uma jovem inglesa, Daisy Ridley é doce e atlética. O que não falta ao filme são cenas de ação e felizmente muito bom humor.
A heroína sobrevive no deserto resgatando sucata e o rapaz, sem muita explicação, ajuda um piloto do bem (o competente Oscar Isaac) a fugir dos bandidos do Império. Basicamente este é o conflito, os que fazem parte da resistência e os tentam descobrir o que aconteceu com Luke Skywalker. Logo vamos reencontrar Harrison Ford com Han Solo de cabelos brancos e sempre mercenário, ajudado pelo Chewbacca. E irá reencontrar a princesa Lea, agora general, mas já uma senhora (Carrie Fisher está bem madura e cada vez mais parecida com a mãe Debbie Reynolds!). Ficamos sabendo assim que Han e ela tiveram um filho que passou para o lado negro da Força Star Wars.
Basta de informações, há varias lutas de espaço, naves, tiroteios, perseguições, figuras exóticas e diversas surpresas, boas e más. Alguns atores eu não consegui identificar (Lupita, por exemplo), mas isso não importa muito. O que se pretendia, ou seja, fazer um filme moderno e atual, que tivesse o mais novo em efeitos especiais, mas sem trair nenhuma das Raízes geradas pelo criador George Lucas, me parece que foi muito bem sucedido. Resulta no que é, para mim, o melhor filme da série e nos enche de confiança em esperar os seguintes que já estão a caminho por aí.