Kathleen ganhou uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz por sua interpretação neste De Volta para o Futuro feminino e adulto. Embora o roteiro tenha sido escrito antes daquele filme (a fita atrasou por causa de brigas com a estrela prevista, Debra Winger), é impossível se evitar a comparação. Coppola fez um belíssimo trabalho na parte técnica (linda fotografia, direção de arte, música). Mas o filme não supera o divertido De Volta. O personagem faz aquilo com que todo mundo um dia sonhou: volta ao passado com a experiência da meia idade. Ela tem quarenta e poucos anos (Kathleen é bonita e charmosa, mas é velha ao passado). Reencontra os pais (Murray e Harris), curte o que deixou passar desapercebido (como os avós), refaz amizades e fica na dúvida de aceitar o namorado (Cage, o pior do elenco) que já sabe que vai se tornar um idiota. A trilha com sucessos antigos (inclusive o que lhe dá título original) não impede a decepção com a falta de uma boa resolução final. Mas antes da frustração há bons momentos (Peggy tem um romance com o rebelde Kevin J. O`Connor - que sempre desejou) sem responder à questão fundamental: podemos aproveitar as lições de nossos erros do passado?