Crítica sobre o filme "Animais Fantásticos e Onde Habitam":

Edinho Pasquale
Animais Fantásticos e Onde Habitam Por Edinho Pasquale
| Data: 17/11/2016

Inicialmente devo confessar que não li o livro e nem acompanhei de perto a saga Harry Potter, todos sucessos mundiais da autora J.W. Rowling. Isto me isente em apreciar o filme como diversão descompromissada, apenas um entretenimento nestes dias difíceis. E assim sendo considero que a missão foi cumprida até com certo louvor, ainda mais por que assisti ao filme numa sala IMAX, cujos efeitos de áudio são exuberantes e o 3D bastante eficiente.

Tecnicamente o filme tem um bom roteiro, que prende a atenção, mesmo que tenha as suas falhas (aprofundamento de alguns personagens, cenas claramente para destacar efeitos em 3D e por aí vai). OK, sei que a autora se empenhou para tentar fazer sucesso e pela primeira vez participou de um roteiro para cinema e até foi produtora, afinal a saga deverá ter 5 filmes. Considero brilhante a Direção de Arte, sua coloração e fotografia. Os atores em geral estão bem, mesmo que não ache que o protagonista ruivo Eddie Redmayne exemplar, me parece não ter estofo para tal, mas até que não incomoda. Mas tem em compensação uma carismática presença de Dan Floger (talvez pela força cômica de seu personagem) e elenco feminino acima da média. Não vou falar muito de Colin Farrell, tenho uma certa antipatia por ele, que assim retrata seu personagem. Uma das falhas é ter alguns atores que não desenvolvem mais seus personagens e sua importância na trama, como John Voight. Mas tem uma bela surpresa numa participação relâmpago...

Deve fazer sucesso para os que apreciam a saga Potter e que tais, mesmo que os animais não sejam especialmente simpáticos ou melhor explicados e desenvolvidos na trama, mas deve render alguns produtos, assim como a varinha, até satirizada numa passagem do filme.

Mas quer saber? É cine pipoca de primeira, prende a atenção, tem efeitos em 3D que até fazem lembrar, me desculpem a confissão, um cinema na Disney World nos anos 80/90 com um filme estrelado por Michael Jackson em que as pessoas tentavam até tocar nos objetos “no ar”. Passa o tempo, diverte, nos faz esquecer do mundo.