Crítica sobre o filme "Mulher-Maravilha":

Edinho Pasquale
Mulher-Maravilha Por Edinho Pasquale
| Data: 30/05/2017

Este filme gerou muita expectativa para os entusiastas de adaptações de HQs para o cinema, o maior mercado cinematográfico do momento. A legião de fãs esperava com as devidas precauções esta versão da Mulher-Maravilha. Talvez eté pelo legado da série de TV dos anos 1970, meio kitsch hoje em dia. Mas todos podem ficar tranquilos. O filme é muito bom, bem realizado, com boa direção da quase estreante Patty Jenkins (havia feito antes apenas o ótimo Monster – Desejo Assassino, que rendeu um Oscar para Charlize Theron) que escolheu bem o elenco, como protagonista a israelense Gal Gadot (dos mais recentes da série Velozes e Furiosos), uma beleza interessante e bem coreografada nas cenas de ação. Seu “par” é Chris Pine (de Star Trek, entre outros), bem no papel, com quem Gal tam alguns bons alívios cômicos). O elenco de apoio é bem versátil e diversificado, com várias etnias e nacionalidades, o que é politicamente correto hoje em dia.

O roteiro é OK, começando pela origem da personagem, na sua primeira parte. A ilha onde vivem as Amazonas tem uma Direção de Arte que poderia ser mais caprichada, assim como os figurinos. Mas nada que incomode. Poderia ser um pouco mais curto. Passado este início, começa a fase da luta do bem contra o mal, desta vez o exército nazista da 2ª Guerra, quando se passa a maior parte do filme, com boas cenas de lutas, bons efeitos visuais (principalmente em 3D, sem exageros), com uma tímida lição filosófica sobre a humanidade, que para mim deixou o filme um pouco piegas. Mas nada que atrapalhe.

Eu confesso não ser fã do gênero, nem tenho tanto conhecimento da história do personagem, por isso avalio como filme um ótimo entretenimento, que explica bem as origens até o apogeu das “batalhas” finais do gênero, sem grandes arroubos, com coerência que cativa até o seu final. Compre sua pipoca e se divirta.