Crítica sobre o filme "Homem-Aranha: De Volta ao Lar":

Edinho Pasquale
Homem-Aranha: De Volta ao Lar Por Edinho Pasquale
| Data: 05/07/2017

Mais um filme do Homem-Aranha. O que poderia ser mais do mesmo, na verdade se renova. Na primeira parceria entre a Marvel e a Sony o filme acaba sendo uma ótima surpresa ao renovar, em vários sentidos, a franquia aracnídea. A escolha de elenco e direção foi bem acertada. Todos praticamente estreantes no gênero, a começar pelo protagonista Tom Holland que, mesmo tendo tido participação em Capitão América: Guerra Civil (aliás bem citado aqui, de forma brilhante), se encaixa como poucos nesta versão mais teen do herói, com todos os seus momentos típicos da idade, sua aparência franzina, voz bem de acordo. Seu par romântico também acompanha a nova a diversidade atual, com uma bela atriz afro-americana. E terminando com o politicamente correto o eficiente coadjuvante Jacob Batalon, que apesar do humor mais teen, nos remete a boas situações cômicas, a tendência destes novos tempos das histórias em quadrinhos “filmadas”.

Seguindo a escolha do elenco, temos a participação de Robert Downey Jr. Em um papel que também é de certa forma cômico e dá um certo respaldo ao protagonista teen, além de Marisa Tomei, como a tia de Peter Parker (em uma das piadas mais recorrentes, bem teen, é chamado de Peter Pênis). E com as geniais pontas de Stan Lee (sempre maravilhosa) e Gwyneth Paltrow, num papel bem pequeno mas que os fãs vibraram na sessão para jornalistas e blogueiros que adoram o gênero. E tem Michael Keaton, sempre ótimo (nos últimos tempos se tornou até Cult) em um papel central. Todos dando respaldo ao ótimo roteiro que não trás mais do mesmo, ou seja, retrata o personagem “gente como a gente”, herói de bairro, que por destino e competência acaba tendo sucesso.

A direção é segura, não abusa muito de efeitos especiais, apenas nas cenas finais tem um pouco de exagero, mas nada que desabone o visual limpo e competente da ótima fotografia do filmes (em que pese algumas cenas bem escuras, tive dificuldade em acompanhar alguns detalhes). Tudo bem feito, como dito antes de forma agradável, cheia de comicidade, que vai nos envolvendo até o tradicional desfecho de uma “batalha” final. Mas a última cena é impagável! Não se esqueçam de assistir as duas cenas depois dos créditos. A primeira é apenas OK, mas a última, depois de todos os créditos (não saia na sala escura) é excelente, a melhor que já vi do gênero. Ressumo: NÃO PERCA, se for fã do gênero ou não.