Crítica sobre o filme "Passageiro, O":

Edinho Pasquale
Passageiro, O Por Edinho Pasquale
| Data: 07/03/2018

Ultimamente o grande ator Liam Neeson ficou marcado por fazer principalmente filmes de suspense e ação, desde a série Busca Implacável e principalmnte depois que sua mulher faleceu (Natasha Richardson, também atriz). Já virou hábito para um público cativo assistir ao seu próximo filme do gênero. E ele não decepciona. Apesar de certa forma serem repetitivos nas suas “fórmulas”, acabam sendo um bom entretenimento, via de regra, dentre os melhores. O mesmo acontece aqui neste O Passageiro, sua quarta parceria com o diretor Jaume Collet-Serra (antes fizeram Desconhecido em 2011, Sem Escalas em 2014, que, aliás, guarda muitas semelhanças com este aqui, e Noite Sem Fim em 2015). Para variar um pouco, desta vez o cenário é um trem, mas vai bem mais além de outros títulos que se passam neste meio. Ou quase... O roteiro é bem realizado, por vezes um pouco exagerado, mas com algumas reviravoltas.

O filme prende a atenção desde suas cenas iniciais, uma sequência até perturbadora sobre a rotina do personagem de Liam. Rotina esta que vai sendo alterada aos poucos, cativando o espectador na mesma medida, criando aos poucos a devida tensão. Como disse, há alguns exageros, como na maioria dos filmes do gênero, claro que não vou comentar quais, pois seriam spoilers. Mas não é difícil de se imaginar... Além da boa escolha de Neeson para o papel, o elenco de apoio é igualmente eficiente, com a misteriosa Vera Farmiga, o bom Patrick Wilson e com Elizabeth McGovern fazendo o papel de sua esposa, além de quase uma ponta de Sam Neil, quase todos com o ápice das suas carreiras nos anos 1980/90. Só Neesen que de certa forma se reinventou e faz um sucesso depois do outro (Vera também, principalmente nas séries de TV) . Enfim, vale ser assistido, uma boa pedida para quem quer passar o tempo e gosta do gênero.