Crítica sobre o filme "Coroa e a Espada, A":

Rubens Ewald Filho
Coroa e a Espada, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 23/03/2018

A célebre Metro Goldwyn Mayer já estava a beira da crise e futura falência quando tentou fazer outra aventura de capa espada para o seu galã especialista no gênero medieval, como em Os Cavaleiros da Távola Redonda , Robert Taylor (1911-79), inspirada em livro do célebre Sir Walter Scott (1771-1832), o mesmo que escreveu Ivanhoé (que foi grande sucesso com o ator) e vários outros (O Talismã, Rob Roy). Novamente um texto dele, ainda que dos menos eficientes. Taylor era celebre galã, que contracenou com Greta Garbo em A Dama das Camélias, mas que já estava envelhecendo e por alguma razão já estava cansado e desinteressado (a Metro o mandaria embora apenas em 1958, vários filmes depois deste). O diretor é igualmente apático, mas o filme tinha um charme especial porque importaram como heroína uma brilhante atriz inglesa Kay Kendall (1926-59), que havia se revelado com Genevieve e depois faria na Metro o musical Les Girls, se casaria com Rex Harrison, mas morreria de câncer (ele nunca revelou a ela a doença) logo depois. Infelizmente este não era um papel adequado - Condessa de Marcroy - para ela e o filme acabou esquecido. Grace Kelly recusou o personagem. A história:  em 1465, Quentin viaja para a França para encontrar Isabelle, a Condessa de Marcroy à pedido de seu tio escocês que desejava o casamento por causa de razoes políticas. Mas ele e a Isabelle são usados como peões num jogo moral com um Duque e o perigoso Rei Louis XI. Mas os dois acabam se apaixonando. O filme foi mal de bilheteria, mas perto do final abrupto, tem uma empolgante luta de espadachins.