Crítica sobre o filme "Menina do Outro Lado da Rua, A":

Rubens Ewald Filho
Menina do Outro Lado da Rua, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 06/05/2018

Embora pouco conhecido, este drama foi feito pelo diretor canadense de origem húngara, que fez filmes pela Europa como a ultima comédia de Sharon Tate (Eram 13... mas Faltava Uma, 69), o policial francês de A Mulher de Pequim, 67, com Mireille Darc, um filme de assalto, Como Dar um Grande Golpe, 65, com Jean Seberg, o muito fraco Tremenda Enrascada, 80 com Tony Curtis, Assassinato no Tennessee, 89 com Julian Sands. Os outros nem chegaram aqui e somente este teve certa repercussão pela presença da ainda adolescente Jodie Foster (nascida em 1962 e aqui já demonstrando certo erotismo!). Ela faz Ryann Jacobs, de 13 anos, que vive numa casa escondida que ela e o pai alugaram numa comunidade a beira mar em Quebec. Mas parece que o pai nunca está presente e as pessoas tentam descobrir porque ela se esconde. E não parece correr risco de vida. Acidentalmente ela encontra um rapaz desajustado na cidade, que é Mário, de origem italiana (Scott Jacoby), que é mágico de festas, mas teve pólio. Também se apaixona por ela, e a ajuda a esconder seus crimes. O filme que foi produzido pela AIP (American International Pictures, famosa por sua pobreza!) tem também a curiosa presença de uma antiga estrela de Hollywood, Alexis Smith (1921-93) que tem apenas duas cenas e de Martin Sheen. Chegou a ganhar um prêmio da Academy of Science Fiction, como melhor filme de horror e atriz. Jodie tinha 13 anos na época, usou peruca porque o cabelo era curto, teve sua primeira cena de amor aqui e recusou aparecer nua, então o que você vai ver é a irmã dela, Connie, na curta sequência de nudez. Ela não costuma criticar seus filmes, mas este aqui foi exceção, dizendo que foi feito “sem paixão”. O autor Koenig eventualmente adaptou seu livro também para o teatro. O filme estreou no mesmo ano em que Jodie ficou famosa com Taxi Driver. Mas não tem comparação.