Crítica sobre o filme "Marujo Foi na Onda, O":

Rubens Ewald Filho
Marujo Foi na Onda, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 25/06/2018

Este foi apenas o terceiro filme da dupla Dean Martin e Jerry Lewis (os nomes nessa ordem) que estavam ficando muito famosos no rádio e em shows, sendo descobertos por um famoso produtor chamado Hal B. Wallis que trabalhava para a Paramount. Os dois formavam uma dupla que viria se tornar um espetacular sucesso nos Estados Unidos inteiro, os dois primeiros filmes foram anteriores a este, foram A Amiga da Onça (My Friend Irma, 49 de George Marshall) e a continuação Minha Amiga Maluca (My Friend Irma Goes West, 50 de Hal Walker). Ambos eram em preto e branco e a dupla tinha papeis secundários, a verdadeira estrela era uma loira que fazia papel de “burra” (Marie Wilson) como Irma Peterson, do Brooklyn (ainda assim havia também um triângulo amoroso com outra garota mais ingênua Dianna Lynn disputada por dois rapazes, Don de Fore e John Lund). É importante saber que Irma e seus parceiros vieram de um popular programa do rádio e que Jerry e Dean fizeram tanto sucesso (ainda como coadjuvantes) e logo iriam descartar a concorrência.

Eles fariam ainda três filmes a seguir, O Palhaço do Batalhão (At War with the Army, 50 de Hal Walker), O Filhinho de Papai (51, That´s my Boy, de Hal Walker) e O Biruta e o Folgado (51, The Stooge de Norman Taurog) até o que comentamos aqui. Agora Jerry Lewis já estava mais a vontade e não é a toa que Dean Martin tinha raiva deste ter as melhores falas e situações, enquanto ele apenas cantava (ainda que músicas italianas de sucesso). Seu personagem (de Jerry) é o marinheiro Melvin Jones, que sem querer aparece na televisão e fica com a fama de ser o grande beijador o chamado Mister Temptation (Tentação). Mais por causa disso ele passa a ser perseguido por várias garotas (na ficha várias starlets que ficariam famosas surgem em pontas). Seus colegas de navio apostam que ele pode beijar uma famosa cantora e atriz francesa, Corinne Calvet (nome dela mesmo nos filmes). Mas Jerry tem medo também de por causa disso perder o amor de sua namorada Hilda (Marion Marshall). A cena da luta de boxe foi “desenhada” por Jerry que cobrou uma quantia em dinheiro (e que ele doou para as crianças doentes da Distrofia). Importante: o então novato James Dean faz uma ponta na cena da luta de boxe. Dizem as más línguas que ele conseguiu a aparição porque estava namorando um agente que lhe deu a chance! Vida dura de novato! Enquanto isso a dupla continuaria fazendo filmes e cada vez ficando mais briguentos de tal forma, que iriam fazer os filmes (sem se falarem fora da câmera) e cada um seguiria seu caminho a partir da comédia que tinha nome simbólico, Ou Vai ou Racha (1956).