Romy Schneider era filha de um casal famoso de autores austríacos, Wolf Albach Retty e Magda Schneider, e se tornou famosa muito jovem quando estrelou uma trilogia biográfica sobre a imperatriz Sissi, que viria a ter um êxito excepcional (e até hoje). Mas sua mais bonita história de amor estaria no encontro com o mais bonito ator francês em todos os tempos, o também lendário Alain. Seu romance iria durar muitos anos, mas deu certo nesta história encantadora e até ingênua. O famoso escritor vienense Schitzler tem mais de 110 adaptações de obras suas em particular o clássico La Ronde (último filme de Kubrick, Olhos Bem Fechados). Mas foi ele também quem escreveu este outro texto romântico que ficou inesquecível. Romy teria uma bela carreira internacional, mas teve problemas pessoais, principalmente com a morte de seu filho David num acidente de família (ao pular o muro de ferro da casa deles, ficou espetado pelas grades). Nunca se recuperou disso e sua morte prematura pode ou não ter sido suicídio ou doença. A lenda porém permaneceu (Delon e Romy fizeram apenas poucos filmes juntos, depois de Christine, uma pequena aparição em O Sol por Testemunha, 60, e A Piscina, 69).
A história se passa em Viena, 1906. Quando Franz Lobheiner (Delon) conhece a jovem Christine (Romy). Mas ele tem uma ligação atual com a Baronesa casada (Presle), mas o marido dela sabendo da infidelidade provoca um duelo. Mas o oficial continua apaixonado por Christine. O filme tem também participações de outros famosos no caso o jovem Brialy (1933-2007), ator de sucesso e assumido gay (que aqui faz um soldado amigo de Delon), e a grande estrela da França Micheline Presle (ainda viva e trabalhando, nascida em 1922) que tem pequena participação como a baronesa Lena. O diretor foi um especialista em filmes românticos, Gaspar Huit (1917-2017, ou seja morreu aos 99 anos!). E que foi casado com a também famosa atriz Claudine Auger (007 contra a Chantagem Atômica). Entre seus filmes exibidos aqui, Lavadeiras de Portugal, O Califa de Bagdá, A Outra Face da Felicidade, Brotinho do Outro Mundo com Brigitte Bardot. Embora possa ser chamado de água com açúcar como era costume no Brasil da época, é um das mais preciosas lembranças de Romy, que até hoje tem seu público.