Inspirado em fato real, a vida do prefeito de Boston, Edwin O’Connor, conforme livro de James Curley (refeito como telefilme em 1977 com Carroll O’Connor). É difícil achar quem possa se interessar hoje em dia por um filme sentimental sobre política norte-americana, lento e um pouco aborrecido, que não é muito ajudado por seu ilustre elenco de apoio, todos grandes coadjuvantes em fim de carreira (nenhum deles faz um papel marcante, nem Carradine como o dono do jornal inimigo do herói, Basil como o banqueiro, Jane de Vinhas da Ira como frequentadora de velórios, Crisp como o bispo, muito menos Pat como o melhor amigo). Mal roteirizado (nenhum personagem é humano, os bandidos são caricatos, o papel do filho é ridículo). Somente Spencer Tracy (1900-67) é que sustenta o filme, sabendo fazer sempre discretamente o protagonista, com muita dignidade. Mas um grande ator não salva este que deve ser dos piores filmes do mestre John Ford. Quem também está no projeto e se tornou um dos atores favoritos de Ford, é Jeffrey Hunter (1926-69) de Rei dos Reis e Rastros do Ódio, que morreu prematuramente em acidente em sua casa (que teria sofrido um derrame que o levou a uma queda). Antes dele Jack Lemmon chegou a ser indicado para o papel. Orson Welles foi convidado a fazer o protagonista porque era amigo de Ford, mas um rival Ward Bond fez campanha contra ele, dizendo que era do partido Democrata (seu agente também teria achado que seu salário seria baixo demais).